O envelhecimento de vinhos em madeira é cada vez mais uma prática comum e
obrigatória em enologia, permitindo enriquecer sensorialmente os vinhos devido à
libertação de compostos a partir da madeira, sendo o carvalho a principal espécie usada
para este fim. Neste ensaio, as madeiras de cerejeira, acácia, carvalho nacional e
castanheiro, submetidas a quatro tratamentos térmicos, foram colocadas numa solução
hidroalcoólica (12% etanol , pH=3.2). Mediu-se espectofotometricamente o teor de
polifenóis totais, a absorvância a 280 nm e os espectros de absorvância (λ:250-450nm) e
os extractos foram analisados por HPLC-DAD, tendo sido quantificados 12 compostos
fenólicos. Em relação aos parâmetros analisados, as madeiras de carvalho e de
castanheiro cederam maiores teores de compostos fenólicos ao meio do que as madeiras
de cerejeira e acácia. Relativamente à tosta, esta alterou significativamente a
composição química das madeiras, provocando a degradação de alguns compostos e o
aparecimento ou enriquecimento de outros; ### Abstract:
Ageing wine in wood is an increasingly common and mandatory practice in
winemaking, allowing sensorial enrichment of wines due to the release of compounds
from the wood, being oak the main specie used for this purpose. In this work, cherry,
acacia, portuguese oak and chestnut woods, subjected to four toasting levels, were
placed in a hydroalcooholic solution (12% ethanol, pH = 3.2). Total polyphenol content,
absorbance at 280 nm and absorbance spectra (λ:250-450nm) were determined by
spectrophotometry and extracts were analyzed by HPLC-DAD, allowing quantification
of 12 phenolic compounds. Regarding the analyzed parameters, oak and chestnut woods
released higher levels of phenolic compounds into solution than cherry and acacia
woods. Toasting level changed significantly the chemical composition of woods,
causing the degradation of some compounds and the appearance or enrichment of
others