Introdução: O conceito de conforto não é uma realidade recente para a enfermagem. Deixar o doente confortável sempre foi uma função atribuída ao enfermeiro e constituí um fator determinante para o reconhecimento da competência própria dos enfermeiros. Os enfermeiros que trabalham no serviço de urgência contatam diariamente com o sofrimento físico e psicológico dos doentes e seus familiares. A promoção do conforto do doente é uma das pedras basilares da enfermagem, pelo que a escolha da temática do conforto teve como fator impulsionador o facto de devolver à Enfermagem uma prática centrada na perspetiva do doente e na satisfação das suas necessidades experienciadas.
O conforto tem sido identificado como um elemento dos cuidados de enfermagem e está vinculado à sua origem e desenvolvimento, assim é imprescindível conhecer o índice de conforto dos doentes para que as intervenções de enfermagem possam ser adequadas à satisfação das necessidades de conforto dos mesmos.
Não existem instrumentos de avaliação do conforto em contexto de serviço de urgência validados para a população portuguesa. Nesse sentido, este estudo surge com o objetivo de desenvolver um instrumento que permita realizar essa mesma avaliação.
Metodologia: Estudo quantitativo - aplicação e validação do Escala Short GCQ.
Resultados: Após a análise dos resultados da aplicação da Escala Short GCQ conclui-se que existe uma divergência nas perspetivas de conforto dos doentes e dos enfermeiros, os enfermeiros valorizam maioritariamente as dimensões ambiental e física do conforto enquanto para os doentes, as dimensões psico-espiritual e social do conforto são as mais importantes