Determinantes da dinâmica empresarial: o caso da indústria transformadora portuguesa

Abstract

O presente estudo investiga em que medida um conjunto de fatores estruturais, estratégico, cíclico e de interação, influenciam a entrada e saída de empresas da indústria transformadora portuguesa, no período de 1996-2007. Os modelos econométricos, com dados em painel, utlizados no estudo dos determinantes de entrada e saída são conceptualmente similares. Os testes realizados sugerem o modelo de efeitos fixos como o mais indicado para a estimação dos fatores das entradas e o de efeitos aleatórios para a estimação dos fatores das saídas. Os resultados confirmam a existência de uma forte relação positiva entre entrada (período anterior) e saídas, sugerindo uma elevada rotação empresarial e indicador da fraca capacidade de adaptação ao mercado. Verifica-se também que a necessidade de investimento não constitui uma barreira à entrada, mas a relação quadrática, na forma “U” entre intensidade capitalística e saída, sugere que o fluxo de saídas aumenta com as necessidades de investimento. Tal pode revelar a incapacidade de mobilização de recursos financeiros em momentos cruciais para a sobrevivência e crescimento das empresas; Determinants of Firm Dynamic: An Analysis of the Portuguese Manufacturing Industry Abstract: The present study investigates the main determinants of new firm entry and exit of incumbents in the Portuguese manufacturing industries over the period 1996-2007. Although econometric regression models for panel data used to estimate entry and exit are conceptually similar, statistic tests suggest applying fixed effects models to estimate entry and random effect for entry. Consistent with previous research we find a strong positive relation between past entry and actual exit, reflecting a high turnover at industry level. Overall it can be regarded as an indicator of firm’s weak capacity in competing in their markets. Results also indicate that capital requirements do not represent barrier to new entries. However we find evidence of U-shaped and positive relationship with exit, suggesting that exit declines in an initial stage and then rises as firm matures and more investments are required. This relationship may reflect firm’s weak capability to raise capital to finance their growth and survival

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