Tradicionalmente associada à investigação quantitativa, a proficiência em software
diversificado constitui na atualidade uma característica indelével do investigador
qualitativo. A partir da experiência da autora no quadro da investigação qualitativa
que desenvolveu com vista à elaboração da sua tese de doutoramento, este texto
aborda o conjunto de metáforas, ferramentas e competências que obrigam a
(re)pensar o ofício do investigador qualitativo, hoje. No final, argumentamos que
o acrónimo CAQDAS deve entender-se numa aceção plural que não apenas
associado a software específico de tratamento e análise de dados (como o
Atlas.ti, MaxQda, NVivo ou WebQda), mas que abarque um conjunto diverso de
ferramentas destinadas a auxiliar o investigador qualitativo em diversos momentos
e fases da investigação. Tal evidência é desenvolvida aqui a partir da metáfora de
um investigador que para além de “coreógrafo”, “maestro” e “artesão” é (deve
ser) também um investigador “geek”