research

Expansão da área foliar e acumulação de matéria seca durante o estabelecimento do girassol (Helianthus annuus l.) em dois tipos de solos, a diferentes temperaturas e teores de humidade

Abstract

O estabelecimento de uma cultura determina em larga escala a sua produtividade e é, em grande medida, controlado pela temperatura e pela humidade do solo. Um rápido crescimento foliar e uma rápida acumulação de matéria seca são fundamentais para um estabelecimento adequado. O crescimento foliar e a acumulação de matéria seca durante o estabelecimento do girassol (Helianthus annuus L.) foram estudados em função da temperatura e do teor de água em dois solos diferentes, um Pmg (Évora) e um Cb (Lisboa), entre Novembro de 1993 e Novembro de 1996. Os dados foram analisados com base no conceito de tempo térmico. A temperatura do solo foi medida a 2 e 4 cm de profundidade com termopares, a temperatura do ar medida com um psicrómetro ventilado e a humidade do solo avaliada pelo método gravimétrico. A área foliar foi estimada a partir da medição do comprimento e da largura de cada folha (método não-destrutivo). A acumulação de matéria seca foi avaliada pela pesagem da parte aérea das plântulas após secagem em estufa a 65ºC. Em condições hídricas favoráveis, a área foliar durante o estabelecimento do girassol aumenta linearmente com a temperatura acumulada (a partir da temperatura-base obtida para a produção de folhas em cada um dos solos). Ao invés, a relação entre a acumulação de matéria seca e a temperatura acumulada é exponencial. Baixos teores de humidade no solo afectaram negativamente o crescimento foliar e a acumulação de matéria seca, sobretudo quando ocorreram antes da emergência das plântulas. O tipo de solo influencia significativamente o crescimento foliar e a acumulação de matéria seca do girassol mas não parece influenciar o início da expansão foliar

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