research

Forragens

Abstract

Observando as curvas médias de produção de pastagens nas condições mediterrâneas (sequeiro e regadio), (Figura 1), vemos que elas apresentam uma forma bastante irregular, com níveis de produção elevados em épocas bem marcadas do ano, alternando com períodos nos quais a produção é escassa ou mesmo nula, particularmente no período de inverno, já que, no período do verão, existe a possibilidade do recurso a outras fontes alimentares. Esta irregularidade na produção, devida essencialmente a condicionalismos de natureza climática, torna os nossos sistemas de produção animal a partir de ruminantes, dependentes da produção de forragens para os períodos de escassez. Assim, nas nossas condições de produção em pastagens de sequeiro à base de espécies anuais, constituem períodos críticos de produção de pastagens o outono, (em anos em que as primeiras chuvas ocorrem tarde) o inverno e o verão. As pastagens de regadio com níveis de produção mais elevados para os distintos períodos, resolvendo as necessidades de produção durante o outono e o verão não conseguem contudo, devido às baixas temperaturas, assegurar a oferta alimentar necessária durante o inverno. Assim, o inverno continua, por falta de condições para o crescimento vegetal, sobretudo para algumas espécies, (leguminosas) segundo Moule (1971), a ser o período mais limitante em todo o sistema de produção animal baseado na produção de pastagens, obrigando ao recurso do consumo de forragens seja em pastoreio direto, seja através dos alimentos conservados durante períodos mais ou menos longos. Deste modo, as forragens, cuja tradição enquanto alternativa cultural é muito mais antiga que as pastagens semeadas, desempenham um papel importantíssimo no planeamento alimentar dos sistemas de produção animal à base de ruminantes nas condições mediterrânicas

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