O presente livro reúne quinze ensaios escritos em ocasiões muito variadas,
tendo grande parte deles aparecido anteriormente em publicações dispersas.
No entanto, em todos os capítulos, ou pelo menos naqueles que compõem
a primeira parte desta edição, o leitor encontrará um traço comum, pois são
sempre ensaios ou interpretações, mais ou menos amplos, escritos sobre ou
a pretexto do pensamento de Eduardo Lourenço. Assim, é possível dizer-se
que Falar sempre de outra coisa corresponde a uma segunda etapa das nossas
investigações acerca da obra daquele que, nas palavras de António Marques,
«é o mais universal lósofo português»