Os esqueletos representam a evidência mais directa da biologia das populações antigas e
o seu estudo fornece dados acerca da sua demografia (ratios de idade e de sexos), saúde e bem-estar,
dieta, violência, parentesco e modo de vida, ou padrões de actividade. A microarquitectura do osso
trabecular apresenta correlações acentuadas com os padrões funcionais e os estímulos mecânicos
externos aplicados ao longo do seu desenvolvimento e remodelação. Pretende-se com o presente
trabalho, com base no conhecimento da biologia do tecido ósseo, fornecer informação acerca da
avaliação da microarquitectura do osso trabecular de populações humanas antigas, e da importância
da sua aplicação: em estudos de crescimento, desenvolvimento e remodelação óssea, associados com
alterações na massa corporal; e na reconstituição de padrões de actividades físicas normais, e/ou
associadas a condições de saúde