Tema e Referencial Teórico: No pressuposto de que a entrada no ensino superior e a
frequência de um curso com as características da licenciatura de enfermagem são eventos
transitivos potenciais geradores de vulnerabilidades em saúde, propusemo-nos desenvolver um
estudo denominado “Transição e vulnerabilidades em saúde: O estudante do Ensino Superior de
Enfermagem”. Para o efeito, um dos instrumentos de colheita de dados utilizados foi a escala de
Bem-estar W-BQ12 de Bradley a qual avalia especificamente as condições de bem-estar,
através das seguintes dimensões: Bem-estar negativo; Energia; Bem-estar positivo e Bem-estar
Geral. Considerando que a mesma não está validada para esta população, iniciámos o nosso
estudo pelo respectivo processo de validação.
Objetivos: Validar as propriedades métricas da Escala de Bem-estar W-BQ12 para a População
de Estudantes de Enfermagem
Descrição dos Procedimentos: A escala Bem-estar W-BQ12 foi aplicada a uma amostra de 250
estudantes de enfermagem da Universidade de Évora, em sala própria e através de autopreenchimento.
A amostra foi constituída por 23.67% estudantes do 1º ano, 21.56% do 2º ano,
26.50% do 3º ano e 27.92% do 4º ano. A média de idades dos estudantes foi de 22.30 anos
(DP=5.03) e 81.20% eram do sexo feminino e os restantes 18.80% do sexo masculino.
Resultados e Principais Conclusões: Da Análise emergiram três fatores que explicam 59.64%
da variância total e que reproduzem a estrutura encontrada por Bradley (2009). Todos os itens
obtiveram comunalidades acima de .40 e saturações factoriais acima de .50. Todas as
correlações item-total corrigidas foram significativas. Os valores de alfa de Cronbach foram de
.78 para a subescala de bem-estar negativo (M=2.53, DP=1.93), .70 para a subescala de energia
(M=8.00, DP=1.85), e .79 para a subescala de bem estar positivo (M=8.68, DP=2.10). A escala
total obteve uma média de 26.16 (DP=5.00) e um alfa de .87.
Face aos resultados obtidos concluímos ter a Escala de Bem-Estar W-BQ12 as propriedades
adequadas à população em estudo