VARIATION OF LATENT HEAT LOSS IN Bos taurus CATTLE BREEDS DEALING WITH INCREASES IN ENVIRONMENTAL TEMPERATURE

Abstract

O presente estudo teve como objectivo avaliar, em duas raças de bovinos, o comportamento das vias de termólise latente, perante aumentos planeados da temperatura ambiente. Foram utilizados 6 novilhas das raças Frísia e 6 da raça Mertolenga com pesos médios de 403,8±15,5kg e 308,2±31,2Kg, respectivamente. O estudo foi realizado em câmara climática e decorreu durante 12 dias, dividido em 4 fases, cada uma com a duração de 3 dias. As fases caracterizaram-se por 4 níveis de temperaturas crescentes. As temperaturas da câmara durante as 4 fases foram as seguintes: fase 1 - 16ºC; fase 2 – 27ºC; fase 3 – 30ºC; Fase 4 – das 10:00h ás 16:30h 36ªC, das 17:30 às 9:00h 28ºC. Diariamente, foram registadas as frequências respiratórias e as temperaturas rectais às 8:00, 12:00, 15:00 e 18:00 horas e a taxa de sudação às 14:30h. Os resultados permitiram evidenciar que na raça Frísia os armazenamentos de calor médios foram significativamente diferentes a partir da fase 3 (com temperaturas rectais significativamente superiores nas fases 3 e 4), enquanto na que raça Mertolenga os acréscimos foram apenas circunscritos e limitados. As frequências respiratórias apresentaram padrões semelhantes entre as raças, com aumentos significativos a partir da fase 3, com incrementos superiores na raça Mertolenga. Na fase 4 os valores máximos da frequência respiratória foram semelhantes entre as raças 125,7 e 122,5 respectivamente para as raças Frísia e Mertolenga A taxa de sudação aumentou significativamente na raça Frísia a partir da fase 2, enquanto que na raça Mertolenga apenas na fase 3 se verificaram aumentos significativos. Contudo, na fase 4, os valores máximos da taxa de sudação foram semelhantes entre as raças, 117 e 110g/m2/h respectivamente para as raças Frísia e Mertolenga. Os resultados observados, permitem concluir que a resposta das vias de termólise evaporativa entre as raças Bos taurus pode apresentar diferenças nas proporções do calor perdido por via respiratório ou por via cutânea. É evidenciado também que perdas unitárias de calor latente superiores na raça Frísia não evitaram maiores armazenamentos de calor, apresentando a raça Mertolenga uma maior termoestabilidade

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