Parece consensual definir a hiperactividade como uma perturbação genética do foro neurológico caracterizada por graus excessivos de desatenção, sobreactividade e impulsividade.
A PHDA afecta frequentemente o desempenho da criança em contexto escolar podendo traduzir-se em dificuldades de aprendizagem, baixo nível de socialização e auto-estima. Esta perturbação associa-se a problemas de aprendizagem pelo que importa que a acção educativa escolar se oriente precocemente para a sua prevenção e intervenção.
A investigação apresentada tem como objectivos identificar concepções de professores sobre a aprendizagem e processos de ensino/aprendizagem utilizados com estes alunos. O estudo, de carácter exploratório, realizou-se com 20 professores do 1º Ciclo de Ensino Básico a leccionar em escolas da rede pública do Concelho de Évora, Portugal.
Os dados foram recolhidos através de um questionário constituído por questões abertas e tratados através de análises qualitativas e quantitativas.
Os professores consideram a hiperactividade como manifestando-se sobretudo a nível comportamental enfatizando as dificuldades da criança em estar atenta/concentrada, controlar a sua impulsividades e actividade motora. É dada grande primazia às actividades promotoras de concentração, à redução do tempo de trabalho, à criação de regras e rotinas e à estruturação das tarefas em tempos curtos. Consideram ainda adequada a utilização práticas de ensino dinâmicas e variadas para que a criança se mantenha interessada e atenta.
Verificam-se consensos entre as concepções dos professores e a literatura neste domínio. As principais discrepâncias reportam-se à escassa consideração pelos professores da aprendizagem cooperativa e vicariante, adaptação dos ambientes de aprendizagem e tempo