Neste artigo faço algumas leituras possíveis do documento das Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar (OCEPE), procurando realçar alguns fundamentos que no meu entender podem constituir alicerces sólidos sobre os quais se constrói o edifício da aprendizagem e encontrar nesta leitura o contínuo com as opções curriculares presentes, também, nos documentos dos níveis de ensino seguintes. Partindo de alguns princípios das OCEPE (analisam-se as implicações desses princípios para a gestão do currículo:
O processo de aprendizagem desenvolve-se a partir do que a criança já sabe – necessidade de criar um clima de livre expressão, de basear o planeamento na observação ou seja na avaliação e de optar por uma pedagogia diferenciada;
O processo de aprendizagem desenvolve-se em interação com os outros – constituição dos grupos onde se reconhece a vantagem de incluir a diversidade de parceiros; incluir na rotina pedagógica momentos de interação entre crianças;
A criança é sujeito do processo educativo – necessidade de uma gestão participada ou cooperada das aprendizagens;
A criança aprende agindo, explorando o mundo à sua volta mas também refletindo sobre a sua experiência – envolvimento em projetos de diversas áreas de conhecimento; participação das crianças na avaliação e no planeamento