A conflituosidade foi um dos recursos tradicionalmente empregados polas colectividades parroquiais
galegas para consolidar a possessom da terrra que traballavam e alcançar cotas progressivamente
superiores de domínio sobre ela. Essa conflituosidade viu-se estimulada pola irrupçom
do liberalismo, sendo substituída pouco a pouco, apartir dos meados do século XIX, por umha
estratégia de proprietarizaçom sobre a base da aceitaçom (relativa) das pautas do individualismo
burguês. Contudo a protesta campesina nom desaparece, senom que se transforma, nas suas expressons
e conteúdos, até culminar nas grandes mobilizaçons impulsionadas polo agrarismo durante o
primeiro terço do século XX.
Por outra parte, os protagonistas da protesta nom fôrom exclusivamente os campesinos pobres.
Também participárom nela elementos abastados da sociedade rural na procura de assentar os seus
patrimónios e umha posiçom social de privilégio frente aos seus convizinhos. Reflectir sobre esta
disparidade de estratégias em aparente contradicçom é o objectivo deste trabalho, para além de
traçar as linhas essenciais da evoluçom da protesta campesina e afixar as suas tipologias