O consumo de bebidas e os espaços de sociabilidade no Rio de Janeiro no fim do período colonial 1808-1821

Abstract

Em 1808, fugindo das tropas napoleônicas, a família real portuguesa e grande número de seus servidores, aportaram no Rio de Janeiro. A presença da corte proporcionou melhorias na urbanização da cidade e acabou levando a várias mudanças no cotidiano de sua população, como por exemplo, a ampliação dos espaços de lazer e sociabilidade. Entre esses locais destacam-se aqueles destinados ao consumo de bebidas das classes populares, especialmente dos escravos, cujo contingente praticamente dobrou em função das novas demandas no setor de serviços urbanos. Com base na documentação da Intendência da Polícia e anúncios publicados em periódicos, o artigo conclui que o número de tabernas na cidade aumentou significativamente no período, transformando-se em locais de convívio dos trabalhadores, intensamente fiscalizados. As elites portuguesas e coloniais, por sua vez, consumiam bebidas estrangeiras e usufruíam de uma sociabilidade basicamente privada e doméstica

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