Buzzle – (Play with the) Architectures of the world (at home), é um trabalho de
investigação desenvolvido no âmbito do Mestrado em Gestão Cultural, realizado na Escola
Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Este conduziu à criação de um objecto: um
puzzle tridimensional dedicado ao património arquitectónico, nomeadamente o considerado
icónico e excepcional. A investigação aborda a estreita relação entre o significado cultural da
arquitectura e a sua importância tanto para o campo do turismo como para o do conhecimento.
O projecto procura aliar o saber e a experiência específicos da arquitectura à concepção de
um jogo de construção. Ao ambicionar-se a valorização do património construído através do
entretenimento educativo, o resultado final é um Conceito lúdico.
Para chegar a um produto cultural original, realizou-se um estudo de múltiplos factores
determinantes para o sucesso do Projecto, nomeadamente estratégias para a sua
produção/manufacturação/produção em massa e consequentemente eventual implantação no
mercado enquanto Marca. Identificam-se alternativas em termos de produção, estudo de
materiais e técnicas de produção, bem como a tecnologia e equipamentos específicos
necessários à sua produção, processo que implicou contactos com investigadores,
profissionais e empresas do domínio da impressão 3D.
Todo o estudo encaminhou-se em dada altura para a produção de um protótipo,
realizado com o apoio da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha; uma vez
concretizada a peça – uma micro-arquitectura em forma de jogo de encaixes – passa a poder
ser possível aperfeiçoar, no futuro, não apenas pormenores construtivos em função de
diferentes contextos, como também aspectos do desempenho da obra enquanto objecto
convidando à participação e ao conhecimento. Considera-se que o presente trabalho atinge
um patamar de concreção conceptual e problemática que abre vias para um conceito cultural
de excelência, que, no entanto, passa a estar disponível, desde já, de acordo com diversos
modos de abordar as indústrias culturais.
Em síntese, a abrangência etária e cultural do Buzzle é assaz vasta e a sua aplicação
lúdico-pedagógica não menos. É compromisso da sua autora lutar pela sua disseminação, em
tempo próprio e recorrendo aos parceiros adequados. Em todo o caso, uma das possibilidades
de concretização deste jogo – talvez a mais aliciante – é aliás a sua propagação através da
Internet em rede aberta, funcionando como um serviço de Open Design e não
necessariamente, pelo menos a curto prazo, como um produto final. Esta opção posiciona o
Buzzle como produto decisivo para o estabelecimento de parcerias com diversas entidades,
instituições e empresas, nomeadamente espaços museológicos, estabelecimentos de ensino.
O Buzzle abre amplo espaço de manobra à Gestão Cultural para fazer a diferença, no que diz
respeito a uma sempre necessária mediação entre a produção cultural lato senso e a sua
disseminação como acontecimento participado. Buzzle, nestes termos, permite que joquemos
à arquitectura, mas em casa