research

Os herdeiros do Infante e o governo dos Açores (1460-1485)

Abstract

Após uma série de estudos que temos vindo a concretizar sobre o Infante D. Henrique e a sua Casa, prosseguimos a nossa investigação acerca da figura e do património de seu sobrinho e afilhado, o Infante D. Fernando, que considerámos sempre como seu continuador, nem tanto na política que o primeiro se propôs desenvolver, mas como o titular de uma Casa de bens e cargos que não morreram com o primeiro. A tendência era — e, por vezes, sucedeu — fazer valer a força da Lei e, consequentemente, recolher à Coroa o que havia sido distribuído e institucionalizado, com objectivos muito concretos. Como vimos, o 2º Duque de Viseu, potencial herdeiro quase universal — se fosse esta figura jurídica possível — do Navegador, só muito recentemente tem vindo a ser alvo de estudos com maior profundidade. Sebastiana Pereira Lopes, na sua tese de Mestrado, foi quem, até hoje, mais dados reuniu sobre esta figura tão relevante do neo-senhorialismo quatrocentista em Portugal, numa sistematização que se impunha há muito dos seus bens móveis e imóveis, homens de sua Casa, actividades políticas, entre o Continente e o Norte de África… caracterizando aquele que António Caetano de Sousa apelidaria, anos atrás, como o “mayor senhor, que nunca houve em Hespanha, que não fosse Rey”. O seu estudo baseou-se numa bibliografia muito actual e diversificada, quer nacional quer estrangeira. [...

    Similar works