TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. História.Qual o limite para que a narrativa efetuada pelo historiador possa manter seu caráter histórico? Qual o critério para avaliar que tal narrativa extrapolou o campo da história e adentrou, digamos, no da literatura? Em que lugar situa-se a disciplina histórica entre a pesquisa científica e a arte da narração? São perguntas que este trabalho levanta e, na medida do possível, tenta responder. Para tanto, é feita uma análise da historiografia estadunidense com ênfase nas chamadas teses narrativistas, particularmente na obra de Hayden White, que é analisada mais de perto. Estas teses vão paulatinamente permeando a reflexão e a escrita dos historiadores a partir de meados do século XX, prolongando um fecundo debate que insiste em não cessar. A revista History and Theory, um importante periódico para o campo da Teoria da História, é tomada como ponto de partida da análise, que atinge sua linha de chegada na importante Conferência sobre o Holocausto e os limites da representação histórica. Sem pretensões de findar o debate, o filósofo francês Paul Ricoeur é interpelado ao final do trabalho, em função de suas contribuições valiosas ao assunto