Embora a figura do coordenador existisse desde a década de 1960 no ensino superior brasileiro, foi somente a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996, a Lei 9.394/96, que o coordenador de curso assumiu um papel fundamental na gestão dos cursos de graduação das instituições de ensino superior (IES) brasileiras. Além da referida lei, outro fator que ressignificou o papel do coordenador de cursos foi a implementação das políticas públicas de avaliação do ensino superior, a partir de meados da década de 1990 e as transformações que levaram a uma diversificação e diferenciação da educação superior no Brasil, configurando a existência de uma reestruturação com viés neoliberal. A partir de pesquisa bibliográfica, análise documental e observação participante, nosso trabalho discute o papel, o perfil e os desafios do coordenador de curso como gestor acadêmico, identificando modelos de gestão em uma universidade pública e em uma universidade privada. O presente trabalho se propõe a discutir esse dois modelos, trazendo os dilemas e desafios do coordenador-gestor que ainda não tem a devida valorização como figura imprescindível para a qualidade dos cursos de graduação