thesis

Mosaico como instrumento de gestão integrada e o caso da ilha de Santa Catarina

Abstract

TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Biologia.A fragmentação de habitats é uma das maiores ameaças a biodiversidade e uma das principais estratégias que tem sido utilizada para minimizar esse processo é a criação de áreas protegidas. Entretanto, a atual visão das áreas protegidas como "ilhas" isoladas no território apresenta fragilidades, sendo necessário integrá-las na paisagem. Nesse contexto surgiu um novo instrumento para a gestão destas áreas, os mosaicos de áreas protegidas. Estes são uma estratégia de conservação cujo principal objetivo é promover uma gestão integrada e participativa das áreas que o compõem. Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento dos mosaicos existentes no país, bem como das estratégias que têm sido utilizadas por estes em sua gestão. Também foi objetivo levantar e analisar as iniciativas para implementar a gestão integrada das áreas protegidas da Ilha de Santa Catarina. Esta pesquisa foi elaborada com o intuito de fornecer uma contribuição para a discussão sobre a importância dos mosaicos para a gestão das áreas protegidas no Brasil, pois apesar deste ser um instrumento importante e inovador, ainda é recente e pouco difundido. O levantamento das informações sobre os mosaicos brasileiros foi realizado através de pesquisa bibliográfica e a análise das iniciativas de gestão integrada das áreas protegidas da Ilha de Santa Catarina foi realizado mediante entrevistas com pessoas que participaram ou detinham alguma informação sobre estas. Atualmente existem 23 mosaicos reconhecidos no país, O principal instrumento de gestão utilizado pelos mosaicos é a constituição de um conselho gestor, contudo existem outras estratégias importantes, como a elaboração de um plano de manejo e a constituição de uma secretaria executiva. Na Ilha de Santa Catarina não foram identificados mosaicos formalmente instituídos e nem iniciativas que estejam atualmente em andamento, entretanto, foi identificado um instrumento de gestão integrada já estabelecido, o Núcleo de Gestão Integrada das Unidades Marinho-Costeiras de Santa Catarina. Os principais motivos identificados pelos quais a Ilha ainda não possui um mosaico de áreas protegidas em seu território foram: a falta de diálogo entre os responsáveis pela gestão destas áreas; a falta de um ator que lidere este processo; a falta de adequação de algumas áreas protegidas ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação; e a não institucionalização dos projetos

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