Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2016.A presente pesquisa, em nível de mestrado, teve como objetivo analisar como as professoras compreendem o lugar que a dimensão corporal ocupa nas relações educativas em um grupo de bebês ? G1, na Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. Partindo do princípio de que a relação estabelecida entre a professora e os bebês é primordialmente corporal, questionou-se de que modo essa dimensão compõe a especificidade da relação educativa com esse grupo. A metodologia utilizada foi a aplicação de um questionário respondido por 12 professoras, que atuam com o grupo de bebês; e, para análise dos dados, optou-se pela Análise de Conteúdo. O processo de análise dos dados foi pautado em um diálogo interdisciplinar, sobretudo, por meio das pesquisas recentes da área da Educação, que elegeram as relações educativas com bebês e crianças pequenas como seu objeto de estudo e que se pautaram em Vygotsky (2008), Bakthin (2008) e Wallon (1975). O estudo evidenciou que a dimensão corporal compõe a especificidade educativa do grupo de bebês, principalmente identificadas nas ações de cuidado, ações de brincadeira e ações de comunicação; possibilitou observar que as relações estabelecidas no grupo de bebês exigem da professora uma disposição corporal para atender às necessidades físicas, emocionais e relacionais dos bebês, ocasionando um desgaste do corpo adulto e uma necessidade de compartilhamento da docência com um terceiro profissional. Outro aspecto analisado refere-se à potência presente na ação dos bebês nas relações educativas da creche, especificamente marcadas nas ações de brincadeira, de interação e de comunicação