Tese apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Doutor em Biotecnologia e Saúde, especialidade em Epidemiologia e Saúde Pública.Introdução:
A Pressão Arterial (PA) altera-se como resposta às diferentes atividades e emoções, sofrendo, assim, a influência das dinâmicas de cada pessoa e do ambiente em que ela se insere.
A hipertensão arterial (HTA) é uma doença silenciosa, impulsionadora de outras doenças não transmissíveis (DNT) crónicas, metabólicas e degenerativas, tendo especial relevo as doenças cardiovasculares (DCV) e cerebrovasculares que por sua vez são responsáveis por uma elevada morbilidade e mortalidade no mundo. As doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte, em adultos, em Portugal, e em todos os países europeus.
Os estilos de vida (EV), como sejam o nível de atividade física, padrão alimentar, hábitos tabágicos, alcoólicos e cafeínicos, condicionam a saúde, incluindo os valores da PA.
Com o aumento da esperança de vida, estes fenómenos tornam-se cada vez mais visíveis e consequentemente vão-se revelando de maior urgência de resolução, porque à medida que a idade avança, mais significativas são as comorbilidades e com manifestações cada vez mais precoces. É essencial investir na reabilitação dos EV, promotores da saúde e qualidade de vida dos cidadãos. Quanto mais cedo for realizado o processo formativo, maiores serão as garantias do seu sucesso. Objetivos:
1. Caraterizar os dados sociodemográficos, antecedentes pessoais e familiares de doença, PA, antropometria e os EV (atividade física, hábitos tabágicos, alcoólicos e cafeínicos, e ingestão nutricional) em adultos jovens (18-40 anos) residentes na cidade do Porto.
2. Avaliar o efeito dos dados sociodemográficos, antecedentes pessoais de doença e medidas antropométricas (peso, estatura, índice de massa corporal [IMC], perímetro da cintura e da anca) na variação dos níveis de PA em adultos jovens (18-40 anos) residentes na cidade do Porto.
3. Avaliar o efeito da atividade física na variação dos níveis de PA em adultos jovens (18-40 anos) residentes na cidade do Porto.
4. Avaliar o efeito dos hábitos alcoólicos, tabágicos e cafeínicos, na variação dos níveis de PA em adultos jovens (18-40 anos) residentes na cidade do Porto.
5. Avaliar o efeito da ingestão nutricional na variação dos níveis de PA em adultos jovens (18-40 anos) residentes na cidade do Porto.
Descrição do Estudo:
Realizou-se um estudo epidemiológico, analítico transversal, de forma a caraterizar e avaliar o efeito dos EV na variação dos níveis de PA no grupo de participantes no estudo: os adultos jovens residentes na cidade do Porto, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos. Esta investigação permitirá avaliar a magnitude da relação entre cada um destes fatores e a variação dos níveis de PA nesta faixa etária e fornecerá o conhecimento que deve estar na base do desenvolvimento de estratégias preventivas adequadas a esta população, tendo como foco a reabilitação dos seus EV, de acordo com os resultados encontrados.
A seleção dos participantes no estudo foi realizada por amostragem consecutiva nos diferentes locais de identificação dos eventuais participantes, permitindo a colaboração livre e esclarecida, assegurada pelo preenchimento do consentimento informado, sem critérios de inclusão no estudo, sendo apenas consideradas as caraterísticas da população alvo. O processo de amostragem bem como todos os procedimentos metodológicos foram previstos no plano de intenções do estudo, aprovado pela Comissão de Ética da Universidade Fernando Pessoa.
O instrumento de recolha de informação abarca os dados sociodemográficos, antecedentes pessoais de doença; antecedentes familiares de doença; atividade física atual, envolvendo o exercício físico, a ocupação dos tempos livres e os hábitos alcoólicos, tabágicos, cafeínicos e alimentares, a avaliação antropométrica e da PA por avaliadores treinados para o efeito.
Foram aceites para estudo 605 questionários que, posteriormente, foram analisados e codificados, tendo sido eliminados 90 (incompletos e com irregularidades em relação à idade).
Os dados referentes a todas as variáveis do estudo foram analisados e apresentados segundo o sexo para facilitar a observação do seu comportamento entre os homens e as mulheres. Para comparar as amostras por sexo recorreu-se ao teste da homogeneidade das proporções (teste do qui-quadrado) para variáveis qualitativas nominais; para variáveis qualitativas ordinais e para variáveis quantitativas, recorreu-se ao teste de Wilcoxon-Mann-Whitney para amostras independentes (a normalidade das variáveis quantitativas contínuas foi previamente testada através do teste de Shapiro-Wilk)
Para categorização das variáveis quantitativas utilizou-se os quartis da distribuição dos dados dessa variável ou critérios plausíveis para a variável. Os dados antropométricos foram observados diretamente, segundo as normas da Direção Geral de Saúde (DGS), através da avaliação da estatura e peso, para avaliação do IMC, e dos perímetros da cintura e da anca, para posterior cálculo da razão cintura/anca (RCA). A análise dos dados foi realizada segundo as orientações adotadas pela DGS para Portugal.
Os dados relativos à PA foram colhidos e registados com equipamento normalizado e garantia de fidelidade segundo as normas de orientação da DGS, implicando que estes fossem colhidos em três momentos distintos da sequência da recolha de todos os dados, mediante procedimentos rigorosos e realizados os registos na respetiva grelha de avaliação. A sua análise seguiu também a orientação da classificação difundida pela DGS e pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) relativa aos níveis da PA.
Para a avaliação da atividade física diária atual, foi aplicado um questionário para o efeito, desenvolvido e validado para a população portuguesa, visando a exploração e revisão de todas as atividades, de repouso, profissionais, domésticas, nos tempos livres e desporto, especificando o tipo e o tempo despendido em cada atividade e no transporte para o emprego, quantificando em minutos por dia, semana ou mês. Para fins analíticos, os dados foram convertidos em minutos por dia. As várias atividades foram agrupadas em cinco classes de intensidade de esforço às quais estão atribuídos gastos de energia aproximados, tendo por base a energia despendida em repouso (atividade muito leve – 1,5 equivalentes metabólicos, atividade leve – 2,5 equivalentes metabólicos, atividade moderada – 5,0 equivalentes metabólicos e atividade pesada -7,0 equivalentes metabólicos). Após a análise do índice de atividade física foi possível a definição de três classes: Atividade física leve; moderada e pesada.
Para a análise dos dados referentes aos hábitos tabágicos, foi obtida a informação do consumo de tabaco atual e/ou no passado, referente ao consumo de cigarros, charutos e cigarrilhas, em termos de frequência, quantidade, e duração do consumo, quantificado por dia ou semana. Para a análise dos resultados, todos os dados foram convertidos em unidades de consumo por dia. Os resultados permitiram a identificação de classes relativas ao consumo de tabaco: fumadores (quando consumiam pelo menos um cigarro por dia), fumadores ocasionais (quando consumiam menos de um cigarro por dia), ex-fumador (quando tinham deixado de fumar há pelo menos seis meses), e não fumadores.
Relativamente aos hábitos alcoólicos atuais ou passados, foi realizada a avaliação quanto ao tipo de bebidas (vinho, cerveja com e sem álcool, bebidas brancas e bebidas espirituosas), quantidade, duração e frequência do consumo por mês, semana ou dia. O consumo de bebidas alcoólicas foi qualificado em quatro classes: bebedores (se bebiam pelo menos um copo por semana), bebedores ocasionais (se bebiam menos de um copo por semana), ex-bebedores (se tinham deixado de consumir há pelo menos seis meses), e não bebedores.
A avaliação dos hábitos cafeínicos foi realizada relativamente ao consumo de café atual ou anterior, à ingestão de café, ao tipo (expresso, descafeinado, saco/filtrado, saco/filtrado mistura, instantâneo, instantâneo mistura), quantidade, duração e frequência do consumo por mês, semana ou dia.
A análise dos dados referentes à ingestão nutricional realizou-se utilizando um questionário semi-quantitativo de frequência alimentar, desenvolvido e validado para a população portuguesa. Para o cálculo da ingestão diária em gramas de cada um dos alimentos ou grupo de alimentos, a frequência de consumo foi transformada em valores médios diários e multiplicada pela porção, em gramas, e por um fator de variação sazonal para alimentos consumidos por épocas. Este cálculo das quantidades médias diárias possibilitou a conversão em nutrientes, através do programa informático "Food Processor Plus" versão 5.0.
Como medida de associação, calcularam-se os odds ratios brutos e os ajustados para as variáveis de confusão. Para os nutrientes, os odds ratios foram ajustados para a energia total através do método dos resíduos).
Para quantificar o efeito independente das exposições em estudo, foi feito o cálculo dos odds ratio ajustados e respetivos intervalos de confiança a 95% (IC 95%), utilizando a regressão logística não condicional. Tal como na análise univariada, os modelos de regressão foram construídos separadamente para cada um dos sexos, pois esta variável é por si só um fator de risco para a variação da PA. Consideraram-se nos modelos finais de regressão, variáveis de ajuste, todas aquelas que, em análise univariada, apresentavam contributo significativo para a compreensão do risco do aumento da variação dos níveis da PA e aquelas para as quais havia plausibilidade biológica ou se se associassem a intervalos de confiança deslocados num dos sentidos, mesmo não sendo atingida a significância estatística (p <0,05). Resultados:
Dos 605 participantes, a maioria é do sexo feminino, sendo os homens significativamente mais velhos e com a média do IMC e do RCA bastente superior assim como a média da Pressão Arterial Diastólica (PAD) e da Pressão Arterial Sistólica (PAS). O número médio de horas de trabalho dos homens é significativamente superior, assim como o tempo médio em atividades muito leves, mas são as mulheres que gastam significativamente mais tempo em trabalhos domésticos. Os homens fumam com mais frequência e mais cigarros por dia, ingerem uma quantidade média de vinho e de cerveja significativamente superior à das mulheres, o mesmo acontecendo com o café expresso. Os nutrientes com ingestão média diária significativamente inferior nas mulheres são: energia, colesterol, vitamina A total, carotenoides, vitamina D, vitamina C, vitamina B12, sódio (sódio intrínseco), cafeína do álcool etílico.
Há um aumento significativo do risco em relação à variação da PA nas mulheres mais velhas, entre os 37 e os 40 anos, mesmo após ajuste. Nos homens, este aumento significativo situa-se entre os 35 e os 37 anos. Com o estado civil verifica-se um aumento significativo do risco em relação à variação da PA nas mulheres divorciadas/separadas e os homens solteiros encontram-se protegidos. As mulheres obesas apresentam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA, mesmo após ajuste, o mesmo acontece nos homens pré-obesos e obesos.
O número médio de horas de sono diário tem um efeito protetor, somente nas mulheres, para a classe das 7 a 8 horas/diárias. Nos homens, o tempo despendido em atividades de lazer leves tem efeito protetor significativo para a classe acima dos 120 minutos/dia, mesmo após ajuste. Em ambos os sexos, e após ajuste, o aumento do índice de atividade física diária associa-se a uma diminuição do risco em relação à variação da PA, mas não foi atingido significado estatístico.
Os fumadores de ambos os sexos mostram ter um aumento significativo do risco em relação à variação da PA comparativamente com os não fumadores. As mulheres que consomem uma quantidade de vinho superior a 1540 ml apresentam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA, cinco vezes maior do que as que consomem vinho até 250 ml. Os homens que consomem cerveja em quantidade superior a 1400 ml revelam ter um aumento significativo do risco em relação à variação da PA, três vezes e meia superior aos que consomem cerveja até 400 ml. As mulheres e os homens que consomem mais de 28 cafés por semana apresentam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA, cerca de três vezes maior do que os que consomem até 14 cafés, respetivamente.
Relativamente à avaliação do efeito da ingestão média diária dos nutrientes em relação à variação da PA, os homens com médias de ingestão diária de hidratos de carbono nos 3º e 4º quartis têm aumento significativo do risco em relação à variação da PA. As médias de ingestão diária de hidratos de carbono complexos, nas mulheres, nos 2º e 3º quartis após ajuste, manifestam um efeito protetor. Os homens com médias de ingestão diária de fibra nos 3º e 4º quartis apresentam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. A ingestão média diária de gordura saturada, nos homens, no último quartil mostra um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Nas mulheres, a ingestão média diária de gordura polinsaturada no último quartil apresenta um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Os homens que se situam com valores médios de ingestão diária de colesterol no 3º quartil após ajuste evidenciam um efeito protetor significativo em relação à variação da PA. As mulheres com ingestão média diária de ómega3 no último quartil apresentam, após ajuste, um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Os valores de ingestão média diária de ómega6 nos homens, situados no 3º quartil revelam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Após ajuste, os resultados invertem-se para efeito protetor. A ingestão média diária da vitamina A total em mulheres, nos 2º e 3º quartis, após ajuste, tem um efeito protetor significativo em relação à variação da PA. Os homens com valores médios de ingestão diária dos carotenoides no 2º quartil apresentam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Também os homens com valores da ingestão média diária da vitamina D nos 2º e último quartis mostram um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. A ingestão média diária da vitamina E nas mulheres, com valores enquadrados no 2º quartil, após ajuste, revela um efeito protetor significativo. A ingestão média diária da vitamina B1 situada no último quartil nos homens tem um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Também a ingestão média diária da vitamina B2 nos homens, no último quartil tem um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Os homens com ingestão média diária de vitamina B6 nos 2º e no último quartis, têm um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Os valores médios diários da ingestão de vitamina B12 pelas mulheres, posicionados nos 2º e 3º quartis, revelam um efeito protetor significativo em relação à variação da PA, após ajuste. Também os homens com ingestão média diária da vitamina B12 nos 2º e 3º quartis, apresentam após ajuste, um efeito protetor em relação à variação da PA. A média diária de ingestão de cálcio em mulheres, no último quartil, apresenta um efeito protetor em relação à variação da PA, mantendo-se após o ajuste. Os homens que ingerem valores médios de cálcio referentes ao 2º quartil apresentam, após ajuste, um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Nos homens, a ingestão média diária de magnésio em quantidades referentes ao último quartil revela um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Os homens com ingestão média diária de potássio no último quartil apresentam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. As mulheres que ingerem médias diárias de sódio nas quantidades referentes a todos os quartis acima do quartil de referência, após ajuste apresentam um efeito protetor, sendo que os dois primeiros quartis têm significado estatístico. Os homens com uma ingestão média diária de etanol pertencente aos 1º e 2º quartis, apresentam após ajuste, um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Também nos homens com ingestão média diária de etanol no último quartil, apresenta um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Este efeito acentua-se após ajuste.
Conclusões:
A maioria dos 605 participantes é do sexo feminino, sendo os homens significativamente mais velhos, com média do IMC, da RCA, da PAD e PAS significativamente superior. Os homens fumam com mais frequência e mais cigarros por dia, ingerem uma quantidade média de vinho, de cerveja e de café expresso significativamente superior à das mulheres.
Há um aumento significativo do risco em relação à variação da PA nas mulheres mais velhas entre os 37 e os 40 anos, mesmo após ajuste, assim como nos homens entre os 35 e os 37 anos. Quanto ao estado civil, verifica-se um aumento significativo do risco em relação à variação da PA nas mulheres divorciadas/separadas. Os homens solteiros estão protegidos. As mulheres obesas apresentam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA, mesmo após ajuste, o mesmo acontece nos homens pré-obesos e obesos.
O número médio de horas de sono diário tem um efeito protetor, só nas mulheres (classe 7 a 8 horas/diárias). Nos homens, o tempo despendido em atividades de lazer leves tem efeito protetor significativo para a classe acima dos 120 minutos/dia, mesmo após ajuste.
Os fumadores de ambos os sexos têm um aumento significativo do risco em relação à variação da PA comparativamente com os não fumadores. As mulheres com ingestão de vinho superior a 1540 ml apresentam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Os homens com ingestão de cerveja superior a 1 400 ml têm um aumento significativo do risco em relação à variação da PA. Os consumidores de mais de 28 cafés por semana apresentam um aumento significativo do risco em relação à variação da PA.
A relação entre a ingestão média diária dos nutrientes e a variação da PA evidencia um aumento significativo do risco, antes do ajuste, nos homens com médias de ingestão diária de hidratos de carbono nos 3º e 4º quartis, nos homens com médias de ingestão diária de fibra nos 3º e 4º quartis, nos homens com ingestão média diária de gordura saturada, no último quartil, nas mulheres com ingestão média diária de gordura polinsaturada enquadrada no último quartil, nos homens com ingestão média diária de ómega6 no 3º quartil (passando a protetor após ajuste). Nos homens com ingestão média diária da vitamina B1 no último quartil, nos homens com ingestão média diária da vitamina B2 no último quartil, nos homens com valores de ingestão média diária de vitamina B6 nos 2º e no último quartis, nos homens com ingestão média diária de magnésio no último quartil e nos homens com ingestão média diária de potássio no último quartil. A relação entre a ingestão média diária dos nutrientes e a variação da PA evidencia um aumento significativo do risco, após o ajuste, nas mulheres com ingestão média diária de ómega3 no último quartil; nos homens com ingestão média diária de cálcio no 2º quartil e nos homens com ingestão média diária de etanol nos 1º e 2º quartis. Apenas os homens com ingestão média diária de etanol no último quartil apresentam um aumento significativo do risco em relação à PA, antes e após o ajuste. A relação entre a ingestão média diária dos nutrientes e a variação da PA evidencia um efeito protetor, após o ajuste, nas mulheres com ingestão média diária de hidratos de carbono complexos, nos 2º e 3º quartis, nos homens com ingestão média diária de colesterol no 3º quartil, nas mulheres com ingestão média diária da vitamina A total nos 2º e 3º quartis, nos homens com ingestão média diária dos carotenoides no 2º quartil, nos homens com ingestão média diária da Vitamina D nos 2º e último quartis, nas mulheres com ingestão média diária da vitamina E no 2º quartil, nas mulheres com média de ingestão diária de vitamina B12 nos 2º e 3º quartis, nos homens com ingestão média diária da vitamina B12 nos 2º e 3º quartis e as mulheres que ingerem médias diárias de sódio nos 2º e 3º quartis. Apenas as mulheres com média diária de ingestão de cálcio referente ao último quartil apresentam um efeito protetor em relação à variação da PA antes e após ajuste.Introduction:
Blood pressure (BP) changes as a response to different activities and emotions, suffering, thus, the influence of the dynamics of every person and the environment in which it operates.
Hypertension is a silent disease, inductive of other noncommunicable diseases (chronic, metabolic and degenerative) with special attention to cardiovascular and cerebrovascular diseases which, in turn, are responsible for a high morbidity and mortality worldwide. Diseases of the circulatory system are the leading cause of death in adults in Portugal, and in all European countries.
Lifestyles (physical activity, dietary pattern, smoking, alcohol and caffeine habits), condition health, including the values of blood pressure.
With the increase of life expectancy these phenomena become increasingly visible and therefore will reveal the need for a more urgent resolution, because the more age progresses the more significant are the comorbidities with ever earlier demonstrations. It is essential to invest in the rehabilitation of lifestyles that promote health and quality of life. The sooner the formative process is implemented, the higher will be the guarantees of its success. Objectives:
1. To characterize the socio-demographic data, personal end family me