Instituída no segundo pós-guerra, num contexto de crescente contestação ao colonialismo e como resposta das potências coloniais europeias ao interesse científico das Nações Unidas e de círculos académicos norte-americanos por África, a Comissão de Cooperação Técnica na África ao Sul do Sara (CCTA) revelou uma atenção particular aos estudos sociais, estabelecendo uma agenda de pesquisas paralela à da UNESCO. Com base nos arquivos diplomático e científico colonial, o artigo analisa a actividade da CCTA naquele domínio e, especificamente, a participação portuguesa nessas dinâmicas, determinando a importância relativa do país na sua promoção e os seus reflexos no campo das ciências sociais em Portugal.La historia de la sociología como un campo de conocimiento, especialmente en el mundo de habla inglesa, ha sido oscurecida por el mito de origen de la disciplina en forma de un canon de “teoría clásica” relacionada con la modernidad europea. La sociología estuvo involucrada en el mundo del imperio desde el principio. Hacer que el canon sea más inclusivo, en términos de género, raza e incluso a nivel mundial, no es una corrección adecuada. Los tipos importantes de conocimiento social, incluidos los conocimientos basados en el movimiento y los indígenas, se resisten a la canonización. El giro hacia las perspectivas decolonial y meridional, que ahora está ocurriendo en las ciencias sociales, abre nuevas puertas en la historia del conocimiento. Estas pueden vincularse con una visión más sofisticada de la producción colectiva de conocimiento por parte de las fuerzas de trabajo que están interactuando cada vez más, aunque de manera desigual. Surgen potenciales para una sociología más comprometida.A história da sociologia como um campo de conhecimento, especialmente no mundo de língua inglesa, foi obscurecida pelo próprio mito de origem da disciplina na forma de um cânone da “teoria clássica” relacionada à modernidade europeia. A sociologia está envolvida no mundo do império desde o início. Tornar o cânone mais inclusivo, em termos de gênero, raça e mesmo globais, não é uma correção adequada. Importantes tipos de conhecimento social, incluindo conhecimentos baseados em movimentos e indígenas, resistem à canonização. A virada para as perspectivas decolonial e meridional, agora acontecendo por meio das ciências sociais, abre novas possibilidades sobre a história do conhecimento, que podem estar ligadas a uma visão mais sofisticada da produção coletiva de conhecimento pelas forças de trabalho que estão interagindo cada vez mais, embora de forma desigual. Potenciais para uma sociologia mais engajada têm emergido