Variacao do processo de contaminacao na estratigrafia do Complexo de Niquelandia, Goias, e sua relacao com a cristallizacao ignea: dados geoquimicos e isotopicos

Abstract

Mostrou-se recentemente que a variação isotópica de Sr e Nd, recalculados para 830 Ma, a provável idade de cristalização do Complexo, foi influenciada por processos de contamnaçãocmstal, através da ação de diferentes contaminantes nas suas duas unidades: a superior (US) e a inferior (LS). Esta conclusão 6 reforçada através do exame da variação isotópica e geoquímica das zonas estratigráficas do Complexo. O uso de razões entre elementos traços permite melhor avaliação das variações geoquímicas, face ao fato de serem as mhas do Complexo de Niquelândia produto da mistura de cumulatos e líquidos residuais. A variação máxima dessas razões pode ser controlada por modelos que levam em consideração sistemas fechados (fracionamento) ou abertos ("boundary layercrystallization"). Tais cálculos mostraram que a variação de várias razões entre elementos traços incompatíveis, tais como BaN, LaN, Ba/Zr, NdSr, NdIZr e ZrMf, são muito mais altas que os valores determinados pelos citados modelos. Em particular, na zona basal (BGZ). as razões possuem valores paroxísticos. As zonas situadas estratigraficamente acima desta exibem desde variações de razóes regulares e sinusoidais, até variações explicáveis somente abavbs da adição de material contamnante. Na escala atual de detalhes, diversas variações de razões podem ser detectadas, sendo os picos destas relacionadas à presença de horizontes de material cmstal. Tal ocorre, por exemplo, no topo da Unidade Inferior do Complexo (LS), na sua transição para a Unidade Superior (US), onde as razões de elementos traços de LGZ (Zona Superior de LS) e de UGAZ (Zona Inferior de US) convergem para a composição do material cmstal .As variações isotópicas de 87Sr/86Sr e I43Nd/144Nd, recalculadas a 830 Ma são semelhantes às exibidas pelas razões de elementostraços, embora documentadas por número menor de amostras. Embora as razões dos elementos traços e os valores isotópicos das amostras contaminadas convirjam para a amostra representativa do material crustal, esta situa-se fora da curva de variação das rochas do Complexo, e, portanto não pode ser o representante indubitável do contaminante de seu magma original. Tal se daria somente se o processo fosse do tipo ACF. Os dados presentes esclarecem o processo de crescimento do Complexo de Niquelândia, que consiste em sucessivas injeções de magmas derivados de um manto empobrecido, cada umadelas contaminadas por uma mistura de fusos residuais da cristalização magmática com os provenientes de rochas crustais. Neste cenário alterações geoquímicas potenciais provocada por metamorfismo parecem irrelevantes em relação aos elementos traços e isótopos considerados

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