CAETANO, Hugo Freitas

CARMO, Lívia Braz Verlangieri

LEAL, Ananda Borges Ponce

MONTEIRO, Guilherme Enrique de Barros

REIS, Emmanuela Bortoletto Santos dos

SANTOS, Alice Aparecida Morais

Portuguese

Publicações UNIVAG

104   SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR DA SAÚDE   SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR DA SAÚDE  -  nº 05  -  ano 2017 ISSN:  2595-46285  INFECÇÃO POR DENGUE NA GESTAÇÃO E SEUS FATORES DE AGRAVO: ANÁLISE DE CASOS NOTIFICADOS EM MATO GROSSO  Ananda Borges Ponce LEAL1 Alice Aparecida Morais SANTOS2 Guilherme Enrique de Barros MONTEIRO1 Hugo Freitas CAETANO2 Lívia Braz Verlangieri CARMO2  Emmanuela Bortoletto Santos dos REIS3,4  ¹Acadêmicos da Faculdade de Medicina do Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG ²Acadêmicos da Faculdade de Medicina da Universidade de Cuiabá – UNIC  3Supervisora do estágio supervisionado em Saúde da Criança e do Adolescente no Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG  4Supervisora do estágio supervisionado em pediatria e puericultura I e II no Hospital Geral Universitário – HGU.  Introduçao: Sendo uma das mais importantes arboviroses que acomete o homem, o dengue é um grave problema de saúde pública nacional, pois, no Brasil, as condições climáticas e socioeconômicas são favoráveis à disseminação da doença. As formas clínicas da doença podem variar desde formas oligossintomáticas até formas mais graves, como o dengue hemorrágico, capaz de levar o doente a óbito. Nesse contexto, mulheres gestantes são incluídas em um grupo mais vulnerável ao vírus, uma vez que ainda é pouco o conhecimento a respeito da fisiopatologia do dengue, e as possíveis repercussões durante a gestação. Entretanto, existem evidências de que a ocorrência do dengue grave neste período está associada aos óbitos materno, fetal e neonatal, pois o processo fisiológico natural de imunossupressão materna na gestação pode favorecer a ocorrência de desenvolvimento de pré-eclâmpsia, eclâmpsia, hemorragia e óbitos maternos aos binômios mãe e feto. Objetivo: Avaliara prevalência de complicações gestacionais e fetais a partir da infecção por dengue durante o período compreendido entre os anos de 2007 a 2012. Metodologia: Os dados foram colhidos por meio de análise dos casos de dengue na gestação notificados entre os anos de 2007 a 2012, Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), e estratificados de acordo com o trimestre de infecção e com a evolução do caso. Resultados: Durante o período do estudo (2007-2012) foram notificados 150.381 casos suspeitos de dengue em gestante no estado de Mato Grosso. Sendo que, 360 (0,23%) foram diagnosticados e notificados no primeiro trimestre da gestação, 753 (0,50%) no segundo trimestre e 357 (0,23%) no terceiro trimestre. Além disso, dentre as gestantes analisadas, houveram 236 (0,15%) notificações de idade gestacional ignorada e 140.476 (93,4%) casos não confirmados devido a situação de epidemia que nem sempre é possível confirmar. Assim, desse total, 133.209 (88,5%) evoluíram para cura do dengue, 144 (0,095%) óbitos pela doença, 33 (0,021%) óbitos por outras causas e 5 (0,003%) óbitos ainda em investigação. Conclusão: Levando em consideração que a infecção por essa arbovirose teve um elevado número de notificações de acordo com os resultados e sabendo-se que causa maior risco de complicações maternas e do concepto, tendo como a repercussão máxima óbitos maternos e neonatais, verifica-se a necessidade de uma maior atenção nos cuidados dirigidos às gestantes expostas, tais como: uma maior aproximação entre os Agentes de Controle de Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e as gestantes, para orientações de combate aos focos do mosquito. Além disso, o combate contra a infecção por dengue também pode ser evitado pelo uso de vaporizadores elétricos, repelentes, telas de proteção em portas e mosquiteiros nas residências.         

INFECÇÃO POR DENGUE NA GESTAÇÃO E SEUS FATORES DE AGRAVO: ANÁLISE DE CASOS NOTIFICADOS EM MATO GROSSO

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