'International Society for Managing and Technical Editors (ISMTE)'
Abstract
O presente estudo tem como objectivo principal aprofundar o conhecimento sobre a
esperança na gravidez de risco, através de um estudo quantitativo e transversal, com
dois grupos (grupo de mulheres grávidas com sinalização de risco médico, psicológico e
social; grupo de mulheres grávidas sem risco). Pretende-se analisar o impacto que a
presença de risco implica ao nível da esperança, bem como explorar as variáveis
sociodemográficas e familiares que influenciam significativamente a esperança nos dois grupos.
A amostra foi recolhida na Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra. É constituída por 196 grávidas, com idades compreendidas entre os 18 e 43 anos. Os níveis de esperança
das grávidas foram avaliados através da aplicação da Escala de Esperança no Futuro.
Os resultados indicam que grávidas com presença de risco apresentam valores inferiores de esperança, apenas na subescala iniciativa. Não foram encontradas diferenças nos níveis de esperança consoante o tipo de risco (médico, psicológico, social). Do conjunto de variáveis especificamente relacionadas com a gravidez, aquele que revelou maior impacto na esperança foi o carácter planeado ou acidental da gravidez. Foram identificadas diferenças nos níveis de esperança consoante as habilitações literárias, estado civil, coabitação com o cônjuge, rendimentos mensais, (des)emprego, número de desafios enfrentados e presença de apoios institucionais. Os resultados deste estudo constituem um contributo para a compreensão teórica da vivência da gravidez e para o desenvolvimento de estratégias de intervenção em situações de risco. / This study aims to expand the knowledge about hope in situations of pregnancy risk, through a quantitative and cross-sectional study with two groups (group of pregnant
women with signs of medical, psychological and social risk; group of pregnant women
without risk). We intend to analyze the impact that presence of risk implies to the levels of hope experienced, and to explore sociodemographic and family variables that
significantly influence hope in both groups.
The sample was collected in Bissaya Barreto Maternity, in Coimbra. It is composed 196 pregnant women, aged 18 to 43 years. Levels of hope were evaluated by applying the Adult Hope Scale (AHS).
The results indicate that women whose pregnancy has an associated risk have lower
values of hope, but only in the initiative subscale. No differences were found in hope
levels depending on the kind of risk (medical, psychological, social). The variable specifically related to pregnancy, which revealed a more significant impact on hope, was the planned or accidental nature of pregnancy. Differences were found in levels of hope depending on qualifications, marital status, cohabitation with spouse, monthly
income, (un)employment, number of challenges faced and the presence of institutional
support. The results of this study represent a contribution to the theoretical understanding of pregnancy and to the development of more effective intervention
strategies in risk situations