A utilização de materiais compósitos tem crescido nas últimas décadas em
virtude do seu baixo peso, elevada resistência e rigidez. A furação de placas
compósitas é um desafio que se coloca às indústrias que trabalham com este
tipo de materiais, sendo frequente o recurso a ferramentas convencionais,
normalmente utilizadas na construção mecânica, com adaptações.
Neste trabalho, apresenta-se uma técnica não convencional baseada na furação
por jacto de areia sendo avaliadas as descontinuidades causadas em placas
compósitas. Durante este processo de furação, as camadas da placa não
resistem o tempo necessário para concluir a perfuração, aquecendo e fragmentando-
se, e a areia, com o impacto, perde rapidamente o poder abrasivo.
Além disso, o tempo necessário para completar com sucesso a operação seria
superior a 5 horas, uma vez que a primeira etapa de jateamento durou aproximadamente
uma hora, sendo necessário no fim da mesma repor um novo
isolamento devido desgaste sofrido. Nesse momento da operação o progresso
obtido era imperceptível.
O trabalho experimental realizado permite concluir que a furação por jacto
de areia, utilizando um compressor com um caudal de 1700 l/min e jateadora
de sucção, não se mostra uma ferramenta promissora para executar operações
de furação em placas compósitas