DOSSA, D.

MONTOYA VILCAHUAMAN, L. J.

MOSELE, S. H.

Portuguese

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Ii Congresso sul-americano da erva-mateIII Reunião Técnica da erva-mate219o SISTEMA AGROFLORESTAL DA ERVA-MATENO MUNiCíPIO DE ÁUREA, RS1 2 1DOSSA, D.i MOSELE, S. H.i MONTOYA, L. J.Ouando se considera esquemas produtivos em Sistemas Agroflorestais,questões básicas que se formulam, entre outros, são: qual é a importância dosistema agroflorestal na formação da renda da propriedade, frente a outras fon-tes de renda? i quais as características dos sistemas de produção que teriammaior sustentabilidade econômica a médio e longo prazo? Para responder essasindagações, no município de Áurea, Estado do Rio Grande do Sul, foi aplica-do um questionário a produtores de erva-mate, selecionados através de umaamostragem aleatória simples e estretiliceda. O mesmo abrangia questões econô-micas, técnicas e sociais. Para abordar os aspectos econômicos, foram elabora-dos custos operacionais de produção e análise de projetos de investimento, queenvolve os fluxos de caixa no tempo. Para enfocar a analise técnica, foi construidoum índice tecnológico, proposto por Dossa (1999). Ele procura captar aspropriedades que efetuam determinadas práticas consideradas como as maisadequadas à produção da erva-mate, em relação a outras menos eficientes.Os resultados obtidos mostram que, nos extratos de área considerados, os1 Pesquisddores dd EmbrdPd Florestds Estrddd dd Ribeird km 111 , CEP 83.411 -000, Cdixd Postdl 319-Colombo, PR, Brdsil, dossd@cnpf.embrdpd.bri lucmont@cnpf.embrdpd.br.2Professor e Pesquisddor dd Universiddde do Alto Urugudi CURI) - Cempos de Erechim Av. Sete deSetembro, 1621 . Erechim, RS - Brdsil220 Ii Congresso sul-americano da erva-mateIII Reunião Técnica da erva-mateíndices tecnológicos são próximos entre eles, como mostra a Tabela 1. Hápouca di~erença de pontos entre os extratos de área. Isso é explicado pelasemelhança de uso de tecnologis e níveis de produtividade no município. Noextrato de mais de 20 hectares, obteve-se um índice técnico n-édio superior(ITM 1) de 59, indicando que há uma maior probabilidade de que os produ-tores com mais de 20 hectares possam ter mais eficiência técnica que os produ-tores dos extratos de áreas inleriores.Tabela 1 índices técnicos médios em 43 propriedades rurais de Áurea (RS) em 1998Extratos Até 10 ha De 11-20 ha + de 20 ha Média geralíndice obtido 50 53 59 47Os dados levantados indicam que a maioria deles incorrem em lelhes im-portantes tanto na lese de implantação do erval como posteriormente, na con-dução do sistema produtivo. O índice Técnico (IT) mostrou um cenário debaixa eliciêncie produtiva na produção de erva-mate. Ela é associada ao peque-no tamanho das propriedades; à não adoção das práticas adequadas de mane-jo, principalmente ao desconhecimento da procedência das mudas usadas noplantio; e ao envelhecimento dos produtores representado pelo grande numerode produtores no estágio de aposentadoria.Em relação ao patrimônio, observou-se que a terra é a primeira componen-te. Ela é seguida pelo valor das oenleitorias e pelo valor das máquinas e equipa-mentos. O destaque é para o valor médio relativo das benleitories nas peque-nas propriedades que ultrapassa a 50% do valor patrimonial. Isso se explicapelo objetivo ~amiliar de possuir uma boa habitação.Na lorrneção da renda anual, a maior participação corresponde à produ-ção e venda do sistema agroflorestal da erva-mate. Ela é seguida pelas aposen-tadorias, e, como terceiro indicador, a renda proveniente de atividades lore dapropriedade. Isso signi~ica que alguns produtores rurais procuram complementara renda ~amiliarvendendo a sua mão-de-obra para terceiros.O consumo alimentar dentro da propriedade mostra que é inleriora 10%Ii Congresso sul-americano da erva-mate 221III Reunião Técnica da erva-mateda renda total. Todavia o baixo valor levantado nas propriedades inferiores a1O hectares se explica tanto pelas dificuldades de captar esta informação quan-to pelo pequena quantidade de produtos consumidos e de seus valores seremmuito baixos.Nos custos de manutenção familiar, notou-se que os maiores gastos anuaisencontram-se, de um lado, ligados à saúde e, de outro lado, no reparo demáquinas e equipamentos. Isso se explica tanto pela idade avançada das pessoasquanto pela oosolescêncie das máquinas e equipamentos. Os produtores muitodescepitelizados não podem efe1uar investimentos em nova inlra-estruture. Osatuais patamares de altas taxas de juros, associados aos preços declinantes dosprodutos agroflorestais, impedem novos investimentos. Por isso, buscam recuperaro seu parque de máquinas e equipamentos efetuando muitas despesas com repa-ros. Outros gastos de importância são: energia elétrica e uso de combustíveis.Os gastos, tanto na compra de insumos quanto na de serviços, mostramque, nas menores propriedades, com área inferior a 10 hectares, as despesassão feitas minimizando o uso de insumos industriais e poupando o uso demáquinas e equipamentos. Isso indica que, mesmo havendo um pacote tecnológicodominante, há diferenças de gastos nas diferentes atividades.A erva-mate apresenta maiores variações nos custos entre os extratos. Osmenores que 1O ha têm um custo variável. 3A 5 vezes menor que os o doextrato acima de 20 ha. No conjunto de produção os produtores com menosde 10 hectares tem um custo inferior a 50% em relação ao grupo acima de 20hectares.Os resultados dos indicadores de rentabilidade, obtidos nos três extratosde área, mostram que, em termos absolutos, nos extratos acima de 11 ha, areceita líquida de erva-mate representa de 22 a 32 salários-mínimos anuais.As despesas de implantação e manutenção da erva-mate mostram diferen-ças nos custos de implantação e manutenção dos ervais. Isso se explica, tantopelas disponibilidades de mão-de-obra familiar, quanto pelo uso de insumos ede serviços pelos produtores. Os custos mais baixos ficam associados àquelesprodutores que têm menor custo de oportunidade com a mão-de-obra familiare, da mesma forma, para o uso de suas próprias máquinas e equipamentos.222 Ii Congresso sul-americano da erva-mateIII Reunião Técnica da erva-mateOs resultados de VPL e de TIR's indicam que, nos três extratos de área,os produtores são viáveis, quando se considera a taxa de etretividede do capitalde 9,75%. No caso das VPL, nos três extratos, nota-se que eles variam deR$ 340,00 a R$ 2.030,00. Esses valores indicam que seria um 60m negó-cio aos produtores investirem em erva-mate.

O sistema agroflorestal da erva-mate no município de Áurea, RS.

http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/301941/1/2000CongressoErvaMateSistemaAgroflorestal.pdf

O sistema agroflorestal da erva-mate no município de Áurea, RS.

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