Edição dos Resumos XI Congresso Brasileiro de Buiatria, XVII Congresso Latinoamericano de Buiatria, jul. São Paulo, 2015

ANDRIOLI, A. A.

AYRES, M. C. C.

AZEVEDO, D. A. A. de

COSTA NETO, A. O.

COSTA, J. N.

LIMA, C. C. V. de

OLIVEIRA, L. G.

PINHEIRO, R. R.

SANTOS, V. W. S. dos

SOUZA, T. S. de

Portuguese

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120Biológico, São Paulo, v.77, Suplemento 2, p.1-235, 2015Buiatria 2015239240TRANSMISSÃO VERTICAL DO LENTIVIRUS CAPRINO EM OVINOS. LIMA, C.C.V. de1; AYRES, M.C.C.1; PINHEIRO, R.R.2; COSTA, J.N.3; ANDRIOLI, A.2; SOUZA, T.S. de3; AZEVEDO, D.A.A. de4; SANTOS, V.W.S. dos5; ARAÚJO, J.F.6; SOUZA, A.L.M. de6 1Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil. E-mail: carlacvlima@gmail.com   2Empresa Brasileira de Pesqui-sa Agropecuária, Sobral, CE, Brasil. 3Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil. 4Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 5Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró, RN, Brasil. 6Universidade Estadual do Vale do Acaraú, Sobral, CE, Brasil. Os lentivírus de pequenos ruminantes (LVPR) são retrovírus com tropismo para células do sistema monocítico-fagocitário e causam a artrite-encefalite caprina (CAE) em caprinos e maedi-visna (MV) em ovinos. A principal via de transmissão do vírus se dá por ingestão de colostro e leite de fêmeas infectadas, sendo também importante a transmissão horizontal. Historicamente estes agentes virais eram considerados espécie específicos, denominando o agente em ovinos como maedi-visna vírus, e em caprinos como vírus da artrite-encefalite caprina. Entretanto, estudos filogenéticos têm demonstrado a heterogeneidade desses patógenos, e os mesmos têm sido reunidos em subtipos a partir da diferença genotípica apresentada, sendo chamados de LVPR. Todavia, ainda não foi esclarecida a forma de retransmissão deste vírus entre espécies. Objetivando estudar a possibilidade da retransmissão do LVPR originalmente de caprinos em ovinos, verificando se matrizes infectadas foram capazes de transmitir verticalmente o vírus para as suas crias, estabeleceram-se dois grupos experimentais, o grupo exposto, formado por cordeiros, filhos de matrizes ovinas infectadas experimentalmente com leite e colostro caprinos de cabras naturalmente infectadas com LVPR, e o grupo controle, constituído por cordeiros crias de matrizes negativas. Avaliou-se a presença de DNA pró-viral no sangue e leite destas ovelhas, bem como de suas crias, pela técnica de PCR nested (nPCR), além de avaliação sorológica para LVPR pelos testes de IDGA, ELISA e IB. Amostras positivas na nPCR foram sequenciadas e analisadas quanto a similaridade genética. Em relação a avaliação da retransmissão do lentivirus das matrizes ovinas para as suas crias, das 10 ovelhas, apenas duas foram detectadas com DNA pró--viral no leite, e duas das dez crias expostas ao vírus foram positivas durante os dozes meses de observação. Quanto a resposta sorológica, apenas duas crias, diferentes das positivas para nPCR, foram reagentes no Elisa. O estudo filogenético realizado com as sequências isoladas no leite e sangue das matrizes e no sangue dos cordeiros demonstrou maior similaridade com a cepa padrão CAEV Cork, originaria de caprinos, além de variabilidade entre as sequências obtidas no leite e sangue das matrizes, colhidas simultaneamente. Em relação à transmissão vertical, observou-se que a lentivirose caprina é transmitida verticalmente para as crias ovinas, destacando-se que as cepas virais tendem a apresentar variabilidade, que podem sugerir mutação.INFLUÊNCIA DA LENTIVIROSE NO METABOLISMO DE OVINOS. LIMA, C.C.V. de1; AYRES, M.C.C.1; PINHEIRO, R.R.2; COSTA, J.N.3; COSTA NETO, A.O.4; ANDRIOLI, A.2; SOUZA, T.S. de3; AZEVEDO, D.A.A. de5; SANTOS, V.W.S. dos6; OLIVEIRA E OLIVEIRA, L.G.1. 1Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil. E-mail: carlacvlima@gmail.com   2Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Sobral, CE, Brasil. 3Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil. 4Uni-versidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, BA, Brasil. 5Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil. 6Universidade Federal Rural do Semiárido, Mossoró, RN, Brasil. As Lentiviroses de Pequenos Ruminantes (LVPR) são enfermidades causadas por Retrovirus do gênero Lentivirus; Os animais infectados apresentam manifestação clínica lenta e progressiva, de 4 principais formas: neurológica (mais frequente em animais jovens), respiratória, artrítica e mamária, sendo chamada de artrite-encefalite caprina quando acomete caprinos, e maedi-visna ou pneumonia progressiva ovina, quando em ovinos. Além disso, animais infectados muitas vezes apresentam emagrecimento progressivo, também descrito em outras lentiviroses, entretanto ainda inexplicado. A fim de melhor elucidar esta caquexia, este trabalho buscou observar possíveis alterações no perfil metabólico de ovinos infectados experimentalmente com lentivírus caprino, realizando-se avaliações na bioquímica sérica de dois grupos experimentais: ovinos infectados por LVPR a partir da mamada de colostro caprino, e ovinos negativos para LVPR, denominado grupo controle. Os animais foram avaliados para a manifestação clínica de lentivirose, além de amostras de soro sanguíneo serem submetidas às dosagens de proteínas totais (PST), albumina, globulina (GLOB), ureia, creatinina, glicose, triglicérides, colesterol, aspartato aminotransferase e γ-glutamiltrasnferase (GGT), em 22 diferentes momentos, do nascimento aos 720 dias de vida, utilizando-se kits comerciais da marca Doles®. Em todos os momentos de coleta, os animais foram testados para LVPR pela técnica de PCR nested (nPCR) realizada com amostras sanguí-neas, além dos testes de Immunoblotting  no soro sanguíneo, para verificação de soroconversão. O grupo infectado demonstrou positividade a partir dos sete dias pós-infecçao. Verificou-se a influência da LVPR em diferentes fases de vida. Primeiramente do nascimento à desmama, constatou-se que o grupo infectado demonstrou valores de PST e GLOB superiores (p < 0,05) ao grupo controle, associado inclusive com as maiores detecções de positividade nos testes de nPCR. Além disso, observou-se uma grande influência da puberdade na maior detecção de positividade da nPCR, aos 150 dias de idade, ao tempo que detectou-se elevação nos valores de GLOB, exatamente devido a estimulação antigênica causada pela intensa replicação viral. Quanto às demais dosagens realizadas, não houve uma tendência de variabilidade muito clara quanto à infecção, com exceção da atividade da enzima GGT, que apresentou valores menores (p < 0,05) nos animais infectados em relação ao grupo controle, dos 120 aos 180 dias de vida, e mais uma vez esta diferença foi atribuída à nova viremia detectada nos testes de nPCR. Concluiu-se que, apesar da ausência de manifestação física da enfermidade, a infecção por LVPR influencia o metabolismo dos ovinos, entretanto esta influência ainda precisa ser melhor definida, uma vez que causa alterações no metabolismo proteico, principalmente no primeiro ano de vida, com animais infectados apresentando níveis superiores de PST e GLOB, e inferiores de GGT.

Influência da lentivirose no metabolismo de ovinos.

http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/1032826/1/CNPC2015Influenciadalentivirose.pdf

Influência da lentivirose no metabolismo de ovinos.

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