O melão (Cucumis melo L.) é uma cultura que sofre o ataque de inúmeras doenças e pragas, desde a semeadura e o desenvolvimento até a colheita

ARAÚJO, J. P. de

CAMPACCI, C. A.

CAVALCANTI, M. A. A.

CHOUDHURY, M. M.

WANDERLEY, L. J. da G

Portuguese

ARAUJO, J. P. de

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CONTROLE AO ororo DO MELOEIRONO SUBMJ:DIO SÃO FRANCISCOJosé Pires de Araújo 1, C.A. Carnpaccif , Luiz Jorge da G. Wanderley3Maria Aparecida A. Cavalcanti4 e Mohammad Menhazuddin Choudhurv 'o melão tCucumis meio L.) é uma cultura que sofre o ataque de inúmerasdoenças e pragas, desde a semeadura e o desenvolvimento até a colheita. O apareci-mento das doenças, sua disseminação e os prejuízos por elas causados variam deacordo com as condições do meio ambiente-temperatura e umidade - época deplantio, adubação, variedades e tratos culturais.Dentre as principais doenças que aparecem nesta cultura, uma se destaca, nãosó pelo aspecto com que se apresenta na planta, como também pela sua fácil disse-minação e pelos prejuízos que pode ocasionar à mesma. Trata-se do oídio, cinza oubranco, bastante comum entre as cucurbitáceas, às quais pertencem o melão, a me-lancia, o chuchu, as abóboras e diversas plantas silvestres. O seu agente causador éo fungo Erysiphe cichoriacearum De Candolle, cuja ocorrência comum se faz atra-vés de sua fase imperfeita, o Oidium sp.O controle clássico da doença vem sendo feito com fungicidas à base de enxo-fre Binapacril e Dinocap, com dosagens e tipos de aplicações variáveis. En tretanto,alguns fungicidas desses grupos apresentam o inconveniente de produzirem queima-duras nas partes tratadas, e baixa eficiência. Com a finalidade de verificar a eficiên-cia de novos fungicidas, foi instalado um ensaio competitivo no Campo Experimen-tal de Bebedouro (EMBRAPA-PE), com a cultivar 'Amarelo CAC' (Valenciano).O plantio foi feito em agosto do ano de 1976, em latossolos característicos da re-gião. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com 12 tratamentos ecinco repetições, com parcelas de oito por nove metros, tendo-se o espaçamento de2 m x 1,5 m entre linhas e plantas. A área útil para efeito de avaliação foi de qua-tro por nove metros.Os fungicidas e dosagens utilizados foram os seguintes:1. Cosan 0,2%2. Thiovit 0,2%3. Milgo 0,025%4. Nimrod 0,1%5. Benlat 0,07%6. Ortho phaltan 50 PM 0,25%7. Cerconil 0,2%8. Dacobre PM 0,2%9. Derosal60 PM (0,1 %)10. Mistura de afugan + Derosal60 PM (0,07% + 0,06%)11. Saprol 0,125%12. Testemunha1 Eng? AgrO,Pesquisador do CPATSA!EMBRAPA, Petrolina, PE.2 Eng? AgrO,Dr., Pesquisador do Instituto Biológico de São Paulo, SP.3 Eng? AgrO,M.S. Pesquisador do IPA, EMBRAPA, Recife, PE.4 Pesquisadora da CODEVASF, Petrolina, PEfJuazeiro, BA.5 Ph.D. Pesquisador do CEPATSA, Petrolina, PE.- 119 -°1234°255075100o número de pulverizações foi de oito, iniciando-se aos 20 dias após o plan-tio, e espaçadas de sete em sete dias. A quantidade média de calda utilizada foi de1.200 litros por hectare (alto colume). A colheita teve início aos 75 dias, finalizan-do aos 110.O oídio foi a doença que predominou na folhagem durante o período expe-rimental, devido às condições climáticas - temperatura alta e baixa umidade da re-gião do submédio São Francisco.A avaliação da doença foi feita em duas épocas (aos 52 e 76 dias) através daseguinte escala de notas:Notas % de infecçãoOs resultados obtidos se encontram na Tabela 1.TABELA 1. Média das notas atribuídas ao ataque de oídio da primeira e segundaavaliação, média do número de frutos por parcela (dados transfor-mados em vÍxi e produção média por parcela (t/ha), em meloeiro, nosubmédio São Francisco.Média da 1~ Média da U Média do ProduçãoTratamentos avaliação avaliação n9de média(52 dias) (76 dias) frutos (t/ha)por par~cela (VX)1 1,5 dc 2,8 b 7,4 13,76 a2 0,8 bc 2,3 b 6,7 13,12ab3 0,0 a 0,0 a 7,6 13,93 a4 0,0 a 0,4 a 7,5 13,68 ab5 0,6 b 2,9 b 7,0 10,06 bc6 1,2 cd 3,2 c 7,3 12,70 ab7 1,1 cd 3,Obc 7,4 11,54 abc8 1,4 d 3,1 c 6,6 8,98 c9 0,8 b c 3,4 cd 6,5 10,09 bc10 0,0 a 0,0 a 7,2 13,90 a11 0,0 a 0,0 a 8,1 15,48 a12 2,6 e 4,0 d 6,6 7,03 cDMS Tukey 5% 0,42 0,75 n.s. 4,56Os tratamentos numa mesma coluna, seguidos de uma mesma letra, não diferem entre si, estatis-ticamente, ao nfvel de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.-120 -CONCLUSÕESOs resultados obtidos vieram a demonstrar o seguinte:1. Quanto à infecção, os tratamentos Milgo E (0,025%), Nimrod (0,1%),Saprol (0,125%) e a mistura Afugan + Derosal 60 PM (0,07% + 0,06%) foram os me-lhores. Houve efeito significativo para os tratamentos nas duas avaliações. Contudo,entre os melhores, apenas o Nimrod a 0,1 % foi o que apresentou algum índice deinfecção;2. Observa-se que, na primeira avaliação, a Testemunha apresentou maiornível de infecção do que os demais tratamentos. Entretanto, na segunda avaliação,a Testemunha não diferia do tratamento com Derosal 60 PM (0,1%), diferindo,porém, dos demais tratamentos;3. Quanto ao número de frutos, não houve diferença significativa entre os tra-tamentos;4. No que diz respeito à produção (t/ha), a Testemunha não apresentou dife-renças significativas para os tratamentos com Derosal 60 PM (0,1%), Dacobre a(0,2%), Cerconil (0,2%) e Benlate (0,07%). Por sua vez, esses tratamentos foraminferiores aos demais.- 121 -

Controle ao oídio do meloeiro no Submédio São Francisco.

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Controle ao oídio do meloeiro no Submédio São Francisco.

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