RESUMO- A salinização da água dos mananciais que irrigam as lavouras de arroz da Planície Costeira do Rio Grande do Sul tem causado perdas em produtividade à cultura. A intensidade com que o estresse salino influencia o desempenho da cultura varia com o genótipo e estádio fenológico. Realizou-se um trabalho para avaliar avaliar o efeito do nível de sal na água de irrigação, aplicada durante a fase reprodutiva, no desempenho produtivo de genótipos de arroz. O experimento foi realizado em tanques de alvenaria dispostos ao ar livre, nos quais cultivaram-se doze genótipos de arroz irrigado, seis de ciclo precoce (BRS Querência, BRS Pampa, BRA050106, AB06046, AB09025 e AB10101) e seis de ciclo médio (BRS Bojuru, BRS Sinuelo CL, BRS Cirad 302, AB08020, BRA040291 e CNAi9903). A irrigação do arroz iniciou no estádio quatro folhas, mas a aplicação dos tratamentos de sal (água natural e soluções 0,25% e 0,50% de NaCl) ocorreu, apenas, no início da fase reprodutiva, estendendo-se até a maturação, quando se procedeu a avaliação do desempenho produtivo dos genótipos de arroz. O excesso de sal na água de irrigação na fase reprodutiva reduziu o número de perfilhos, a produção e massa de grãos e aumentou a esterilidade de espiguetas do arroz. O efeito depressivo do sal foi mais intenso para os genótipos de ciclo precoce, relativamente àqueles de ciclo médio. A salinidade da água de irrigação afeta o desempenho produtivo de genótipos de arroz; a magnitude desse efeito é proporcional ao nível de sal na água, variando em intensidade entre genótipos