Resumo: Dentre as doenças de maior importância do maracujá (Passiflora edulis Sims), a mancha-bacteriana é uma das que apresenta maior dificuldade de controle e causa impacto, reduzindo o período de exploração comercial. A doença é causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae (Xap) capaz de causar danos em folhas e frutos (HALFELD-VIEIRA e NECHET, 2006). Assim com outras típicas espécies de Xanthomonas, este patógeno é um habitante do filoplano e sobrevive associado às plantas em fase residente, o que provém fonte de inóculo para que cause novas infecções (STALL, et al., 1993). Neste sentido, a exclusão prévia do patógeno no filoplano pode reduzir as chances do estabelecimento de populações residentes e, por conseguinte, suas chances de causar infecção. Um dos meios de exclusão prévia se dá pela falta de nutrientes ou de elementos essenciais ao metabolismo (KARAMANOLI et al., 2011). O papel de bactérias produtoras de moléculas quelantes de íons ferro (sideróforos) pode, portanto, desempenhar papel importante no controle da doença. A partir de duas bactérias nativas de maracujazeiro, capazes de produzir sideróforos e pré selecionadas in vivo para o controle da mancha-bacteriana da cultura, surgiu a necessidade da investigação do efeito dessas moléculas na supressão ao desenvolvimento do patógeno. Portanto, o objetivo deste trabalho foi elucidar se a competição por íons ferro, mediada pelos sideróforos, pode estar relacionada com a capacidade desses antagonistas em exercer o controle biológico da doença
