A doença conhecida como couro-de-sapo da mandioca (Cassava Frog Skin Disease - CFSD) foi relatada pela primeira vez na Colômbia em 1971. No Brasil, essa doença foi constatada no Amazonas, Pará, Bahia e recentemente Rio de Janeiro. A etiologia do couro-de-sapo sempre foi atribuída a um vírus da família Reoviridae (dsRNA) CFSD, porém Alvarez et al. (2009) identificaram na Colômbia um fitoplasma pertencente ao grupo III relacionado a essa doença. Sob condições favoráveis a CFSD promove a redução do rendimento de raízes tuberosas podendo atingir até 100% e no teor de amido acima de 50% (Alvarez et al., 2009). Os seus sintomas característicos depreciam o valor comercial da mandioca por deixar as raízes com aspecto enrugado, com depressões na casca em forma de 'sulcos' ou 'lábios' que quando coalescem formam um padrão do tipo 'favo de mel', além do engrossamento da película (casca), que passa a apresentar um aspecto corticoso e de difícil desprendimento e entrecasca com tonalidade opaca. Medidas de controle que visem o entendimento do comportamento, distribuição e etiologia do couro-de-sapo são necessárias, porém incipientes no Brasil. Neste contexto, o presente trabalho teve o objetivo de identificar e caracterizar o fitoplasma associado ao couro-de-sapo em plantas sintomáticas