O objetivo deste trabalho foi avaliar as características biológicas e a porcentagem de parasitismo de T. remus em ovos do hospedeiro alternativo C. cephalonica, em diferentes períodos de exposição ao parasitismo, para selecionar o melhor método de criação do parasitoide neste hospedeiro. O experimento foi conduzido em sala climatizada (T: 25±2°C; UR: 70±10%; Fotofase: 12h), com delineamento inteiramente casualizado, sendo três tratamentos (períodos de exposição: 24, 48 e 72h) e 20 repetições. Em tubos de vidro de fundo chato, foram individualizadas fêmeas recém-emergidas (até 24h) de T. remus e alimentadas com mel. Aproximadamente 100 ovos inviabilizados de C. cephalonica foram colados com cola atóxica (30%) em cartelas de papel e oferecidos às fêmeas. O parasitismo foi permitido por diferentes períodos, de acordo com cada tratamento. Avaliou-se: porcentagem de parasitismo, duração do período ovo-adulto; viabilidade; razão sexual; e longevidade das fêmeas. Não houve diferença significativa entre os tratamentos avaliados, sendo que as variações verificadas entre o menor (24h) e o maior (72h) período de exposição ao parasitismo nos parâmetros avaliados foram: porcentagem de parasitismo (29,26% e 36,05%), período ovo-adulto (13,71 e 14 dias), viabilidade (80,76% e 74,86%), razão sexual (0,77 e 0,68 fêmeas) e longevidade (7,65 e 10,08 dias), respectivamente. Assim, estes resultados indicam que não é necessário um maior período de exposição ao parasitismo quando T. remus é criado em ovos do hospedeiro alternativo C. cephalonica. Ainda, estes resultados sugerem que a baixa porcentagem de parasitismo pode estar correlacionada com o comportamento pré-imaginal do inseto relacionado ao hospedeiro natural (Spodoptera frugiperda) onde é criado por sucessivas gerações, o que pode ser corroborado com a alta viabilidade verificada, sinalizando C. cephalonica como um hospedeiro alternativo em potencial