research

Avaliação dos grânulos de amido em plantas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) provenientes de autofecundação.

Abstract

O amido possui inúmeras aplicações nas indústrias de papel e celulose, petrolífera, mineração, de alimentos, farmacêutica, e outras (CARDOSO & SOUZA, 2002). A indústria modifica o amido, dando-lhe diferentes aplicações. Existe também a possibilidade de a própria planta produzir amido diferenciado. Um exemplo é o amido ceroso ou waxy, descoberto em mandioca em uma planta resultante de autofecundação (CEBALLOS et al., 2007). O amido ceroso distingue-se do comum (nativo) por ter no máximo 5% de amilose, enquanto o amido comum de mandioca tem em torno de 20% de amilose e 80% de amilopectina. Amidos com baixos teores de amilose são importantes, por exemplo, na indústria alimentícia, por não sofrerem retrogradação, isto é, perda de água no processo de aquecimento e resfriamento, e assim, o alimento não endurece, aumentando sua vida de prateleira (MUNHOZ et al., 2004). A mandioca é uma espécie alógama, e por essa razão, espera-se que as plantas sejam heterozigóticas na maioria dos locos. Dessa forma, acredita-se que muitos alelos recessivos responsáveis por características importantes em mandioca estejam em heterozigose, e portanto, sem expressão fenotípica. O amido ceroso, por exemplo, é uma característica controlada por um alelo recessivo (wx), o qual foi exposto à homozigose (wxwx) por meio de uma autofecundação, realizada no Centro Internacional de Agricultura Tropical-CIAT (CEBALLOS et al., 2007). O tamanho dos grânulos de amido é outra característica que influencia suas propriedades físico-químicas, bem como os processos do refinamento (LINDEBOOM et al., 2004). Ceballos et al. (2008) relatam a obtenção de plantas com grânulos pequenos de amido, as quais foram provenientes de irradiação com raios gama, seguida de autofecundação. O objetivo desse trabalho foi testar se a autofecundação pode alterar o tamanho e formato dos grânulos de amido de mandioca

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