Na Região Nordeste do Brasil a mandioca (Manihot esculenta Crantz) desempenha função de destaque socioeconômico, por ser uma das principais fontes de calorias para a população nordestina, sobretudo para a população rural, sendo ainda importante matéria prima para agroindústrias e geradora de emprego e renda, principalmente para pequenos agricultores (CARDOSO, 2003). O Brasil colheu em 2010 aproximadamente 1,8 milhão de hectares, com uma produção estimada em 24,5 milhões de toneladas de raízes frescas colhidas (IBGE, 2010), desta forma destacando-se como um dos maiores produtores mundiais deste produto. A Região Nordeste do Brasil, com cerca de 816 mil hectares colhidos, responde por 45,6 % da área colhida no país, com uma produtividade de 9,87 ton/ha. A seleção de cultivares com alto potencial para a produtividade, elevada estabilidade de produção e alta capacidade de adaptação às condições para as quais será indicada, aliada a atributos agronômicos superiores, é o principal objetivo do dos programas de melhoramento genético de qualquer espécie cultivada (ALLARD, 1999). Para que o genótipo ideal possa ser identificado, é necessária a realização de experimentos em diferentes condições ambientais (local, ano, épocas de plantio e de colheita), em que vários genótipos são avaliados (CARGNIN et al. 2006). O objetivo deste trabalho foi comparar o desempenho produtivo de raízes tuberosas e estimar a adaptabilidade e a estabilidade de cultivares de mandioca quando submetidas a diferentes condições ambientais no Nordeste brasileiro