RESUMO: O ultravioleta é um fator de grande impacto na agricultura e está intimamente relacionado à camada de ozônio, a qual vem sendo reduzida paulatinamente, em consequência das atividades antrópicas. A camada de ozônio está sendo degradada, principalmente, por ação dos clorofluorcarbonos (CFC) utilizados pelo homem alterando assim a intensidade de radiação ultravioleta na superfície terrestre em especial no comprimento de onda da radiação ultravioleta B (UV-B). O objetivo do trabalho foi avaliar a resistência de conídios de Botrytis cinerea à radiação UV-B. Foram testados 13 isolados do patógeno, onde uma suspensão contendo 105 conídios mL-1 de cada isolado foi preparada e uma alíquota de 20 ?L foi colocada no centro de uma placa de Petri contendo BDA. Os conídios foram expostos à radiação UV-B 5,6 kJ m-2 a uma irradiância de 823 mW m-2. Também foi avaliada a esporulação de B. cinerea em discos de folha de morangueiro em meio de cultura paraquat-clorofenicolágar (PCA). Os isolados apresentaram germinação relativa entre 15% e 90%, sendo que os isolados com maior resistência à radiação UV-B foram o LQC 162, LQC 150 e LQC 159. No teste da esporulação foi observado maior diferenças entre os isolados quanto a formação de conidióforos do patógeno sendo os isolados LQC 150 e LQC 157 superiores aos outros isolados. Foi selecionado o isolado LQC 150 para ensaios posteriores onde será comparada a tolerância desse isolado com isolados de agentes de controle biológico deste patógeno quanto a tolerância a radiação UV-B