ARAUJO, G. G. L. de

CAMARGO, P. B. de

HERMES, L. C.

MOREIRA, M. Z.

VASCONCELLOS, E. B. C.

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IV Simpósio Científico dos Pós-Graduandos do CENNUSPCaracterização isotópica em água de poço e tanques de piscicultura nomunicípio de Petrolina, PE- Semiárido brasileiroEduardo Ballespi de Castro Vasconcellos (PG)\ Marcelo Zacharias Moreira (PQ)\ Plínio Barbosa deCamargo (PQ)\ Luiz Carlos Hermes (pQ)2, Gherman Leal Araújo (PQ)31 Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Laboratório de Ecologia Isotópica, Piracicaba-SP2EMBRAPA Meio Ambiente, Laboratório de Gestão Ambiental, Jaguariúna-SP3EMBRAPA Semiárido, Laboratório de Nutrição Animal, Petrolina-PEA região semiárida brasileira configura um cenanocrítico referente à escassez hídrica, necessitando deinformações que induzam uma gestão de racionali-zação do uso de suas águas com base na suarealidade hidroclimática 1. A análise isotópica é umaferramenta útil neste processo, sendo inicialmenteaplicada em regiões áridas para o conhecimento daorigem, dos mecanismos de recarga, causas dasalinização, tempo de trãnsito e a datação deaqüíferos 2.3. Os isótopos das moléculas formadorasda água, 180/160 e 2H/H, sofrem variaçõeschamadas de fracionamento isotópico emdecorrência de diversos processos químicos, físicose biológicos, modificando-se de tal maneira, quesuas características demonstram a sua históriadentro do ciclo hidrológico. O objetivo deste trabalhofoi realizar uma caracterização isotópica da água deum poço que abastece dois tanques de piscicultura,os quais também tiveram suas águas analisadas eavaliar seus processos fracionamentos.O poço e os tanques estudados estão localizadosna Embrapa Semiárido no município de Petrolina(PE), o clima da região é do tipo Bwh (Kõppen),tropical semiárido, com precipitação média anual éde 495 mm. As amostras foram coletadas em trêspontos seguindo o fluxo, denominados Poço,Tanque 1 e Tanque 2. Foram realizadas oito coletasentre dez/2009 e mai/2010. Os õ2H e Õ180 foramLosA água do poço, de T1 e T2 obtiveram em média-4,26, -2,00 e -0,30 %0para o Õ180 e -23,61, -12,59,-5,40%0 para o õ2H. As retas de regressão dasamostras apresentaram coeficiente angular de 1,25,2,92 e 3,32, para poço, T1 e T2, respectivamente(Figura 1), Estes coeficientes são menores que o dareta meteórica mundial, igual a 8 4, indicandoelevada evaporação, já que em águas que sofremevaporação, ocorre um enriquecimentodesproporcional entre o 180 e o deutério. Observa-se, ainda na Figura 1, que os valores obtidos emPoço estão distantes na linha meteórica e possuemIV Simpósio Científico dos Pós-Graduandos do CENNUSPbaixas concentrações isotópicas, indicando umaorigem diferenciada das precipitações recentes.30~J:::o -6.00t= 1.2586x-19.769.'-4.00 4.00-:20• Reta Meteórica Mundial 'J = Sx + 10,;j_-;::..k--cd../hPO~O-30 •. Tanque t y = 2.9233x- 6.7456/ Tanque2 y = 3.3288x - 4.3896-40õ"O(%,)Figura 1 - Ó180 versus ó2H (%0) no poço Tanque 1 e Tanque 2,comparativo com a reta meteórica (n=B).A água que chega ao Tanque 2 mostrou valoresisotópicos mais altos, evidenciando um maiorprocesso evaporativo das águas neste tanque.A água ao longo do fluxo analisado teve diferençasisotópicas significativas, o que pode indicar o efeitode fracionamento cinético. A maior concentração deisótopos pesados ocorreu na água coletada noTanque 2, já que esta vinha sofrendo efeitos físicose químicos desde o poço.Referências'Costa, A. B. et aI. Caracterização isotópica e estimativa deevaporação usando isótopos estáveis nos reservatórios de françae São José do Jacuípe, semiárido baiano. Rev. Bras. Rec.Hídríc., v.15, n.2, p. 49-58, 20102Salati, E. et aI. Recycling of water in the Amazon Basin: anisotopic study. Water Resources Research, São Francisco, v.15, n. 5p. 1250-1258, 1979.3 GAT, J.R.; MAZOR, E.; TZUR, Y. The stable isotopecomposition of mineral waters in the Jordan rift valley, Israel.Journal of Hydrology, Columbus, v. 7, n. 3, p. 334-352, 1969.'Craig, H. Isotope variations in meteoric waters. Science, NewYork, v. 133, p. 1702-1703, 1961a.

Caracterização isotópica em água de poço e tanques de piscicultura no município de Petrolina, PE- Semiárido brasileiro.

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