research

Variabilidade em populações naturais de mangabeira do litoral de Pernambuco.

Abstract

A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) apresenta os seus recursos genéticos extremamente ameaçados em Pernambuco e a conservação do germoplasma deve ser a principal estratégia para evitar a erosão genética na espécie. O presente trabalho teve como objetivo analisar a variabilidade de três populações com base nas características morfológicas das plantas. Foram estudadas as populações de Areias de Zé Chacon, Nazaré e Maracaípe, situadas, respectivamente, na Ilha de Itamaracá, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, PE. Os remanescentes foram georreferenciados, avaliando-se 50 plantas adultas em cada população, levando-se em consideração as variáveis altura da planta; altura da ramificação principal; circunferência do caule; diâmetro médio (DMC), volume e índice de conformação (ICC) da copa. A partir dos valores obtidos foram realizadas análises de componentes principais para cada população e análise discriminante considerando as populações simultaneamente. Os dois primeiros componentes principais explicaram 80,52%, 75,00% e 71,87% de toda a variação disponível para as populações de Areias de Zé Chacon, Nazaré e Maracaípe, respectivamente. As dispersões dos genótipos em relação aos dois primeiros componentes principais, para cada população, demonstraram considerável variabilidade entre os genótipos. As variáveis que mais contribuíram para essa variabilidade foram DMC e ICC. Pela análise discriminante observou-se a formação de dois grupos contrastantes entre os genótipos das populações de Areias de Zé Chacon e Maracaípe. Os genótipos oriundos da população de Nazaré mostraram-se mais similares aos genótipos da população de Maracaípe que da população de Areias de Zé Chacon. Conclui-se que existe variabilidade genética entre os genótipos de mangabeira nativa para essas populações, podendo ser utilizados em programas de melhoramento e na formação de bancos de germoplasma

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