research

Três décadas de estudos sobre biomassa microbiana nos ecossistemas brasileiros: lições aprendidas sobre qualidade do solo e indicadores de sustentabilidade.

Abstract

Desde a publicação do método de determinação do carbono da biomassa microbiana (CBM), foram realizados dezenas de estudos no Brasil sobre os efeitos dos diferentes usos do solo sobre o CBM e parâmetros relacionados. Nesse trabalho, tais estudos foram compilados com o objetivo de identificar as melhores estratégias para assegurar a sustentabilidade do uso do solo. Foram avaliadas as práticas de plantio direto (PD) e convencional (PC), rotações de culturas, pastagens, agricultura orgânica, queimadas, e aplicação de resíduos industriais e agroquímicos. Os efeitos do PD sobre o PC para aumentar o CBM e reduzir o qCO2 (quociente metabólico: respiração basal/CBM) foram confirmados por uma meta-análise abrangendo 233 observações experimentais. A agricultura orgânica, a rotação de culturas e a diminuição da aplicação de agroquímicos promoveram o CBM e o quociente microbiano (CBM/C orgânico total). As pastagens degradadas resultaram em diminuição do CBM, mas as pastagens rotacionadas com culturas anuais foram favoráveis à microbiota do solo. Não foram constatadas tendências claras para a resposta do CBM à aplicação de resíduos industriais. Constatouse que a avaliação do CBM é uma metodologia sólida para a avaliação da qualidade do solo no Brasil. Contudo, as relações entre o CBM, a ciclagem de nutrientes, a diversidade e a funcionalidade microbiana do solo ainda não são completamente entendidas

    Similar works