Área: Ecologia, Fisiologia e Práticas Culturais

AGOSTINETTO, D.

DE PAULA, J. M.

OLIVEIRA, E. de

SANTOS, L. S.

SCHAEDLER, C. E.

VARGAS, L.

Portuguese

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15. Competição de trigo com azevém em função de épocas de aplicação e doses de nitrogênio. 2 - Variáveis morfológicas.Schaedler, C.E.1; De Paula, J.M.1; Agostinetto, D.1; Oliveira, E.de1; Santos.L.S.1; Vargas, L.2 (1) Universidade Federal de Pelotas - UFPel, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitossanidade, Centro de Herbologia (CEHERB), Caixa Postal 354, CEP 96001-900, Capão do Leão, RS, caduschaedler@yahoo.com.br. (2) Embrapa Trigo – Passo Fundo, RS. Um dos fatores que limitam o potencial de produtividade da cultura do trigo é a competição, exercida pelas plantas daninhas, pelos recursos essenciais à sobrevivência e à reprodução, especialmente luz, água e nutrientes. Em sistemas de produção, a disponibilidade de nitrogênio (N) quase sempre é limitante, influenciando o crescimento da planta mais do que qualquer outro nutriente. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar a competição da cultura do trigo com azevém (Lolium multiflorum) em função de épocas de aplicação e doses do adubo nitrogenado.O experimento foi conduzido no Centro de Pesquisa Agropecuário da Palma (CAP) pertencente à Universidade Federal de Pelotas localizado no município do Capão do Leão – RS, na estação fria de 2007. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo cada unidade experimental composta por área de 7,65 m2. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial (2x3x5), em que o primeiro fator constou de condição de competição (ausência e presença de azevém), o segundo fator testou épocas de aplicação de N (100% aplicado no início do afilhamento; 50% no início do afilhamento e 50% no início da diferenciação da panícula (IDP); e, 100% no IDP) e o terceiro avaliou doses de N (0, 40, 80,120 e 160 kg ha-1), na forma de uréia aplicado a lanço. A cultivar de trigo utilizada foi a Fundacep 52, semeada em 25/06/2007, utilizando-se semeadora de parcelas, regulada com espaçamento entre linhas de 0,17 m, obtendo-se população média de 350 plantas m-2 (Informações...2006). A população de azevém foi de 1881 plantas m-2.Aos 72 dias após a emergência (DAE), foram avaliadas as variáveis: área folhar (AF); matéria da parte aérea seca (MPAS); número de afilhos (NA); número de colmos (NC) e teor de nitrogênio (TN) da cultura. A quantificação da AF foi realizada em laboratório com auxílio de determinador de área folhar. Para a variável MPAS foi realizada coleta em área de 0,25 m2 e secagem em estufa de circulação forçada de ar a 60 °C, até obter massa constante. O NA do trigo foi determinado por avaliação realizada em 10 plantas. O NC foi determinado pela contagem em área de 0,25 m2. Após a secagem da parte aérea, procedeu-se a moagem e homogeneização para determinação do teor de N, em três repetições. Os dados obtidos foram analisados quanto a sua homocedasticidade e submetidos à análise de variância e, sendo significativa, as médias dos tratamentos, para o fator condição de competição foi comparado pelo teste t, época de aplicação de N, pelo teste de Duncan e dose por regressão, a 5% de probabilidade.Para todas as variáveis, não houve interação entre os fatores condição de competição x épocas de aplicação de N x doses de N. Verificou-se efeito principal para o fator condição de competição para as variáveis AF, MPAS e NA, com maiores valores na ausência de azevém (Tabelas 1).Os fatores época de aplicação de N x doses de N, apresentaram interação para as variáveis AF e MPAS, sendo a aplicação do N no afilhamento ou fracionado entre o afilhamento e o IDP, aumentou a AF e a MPAS em comparação à aplicação no IDP (Tabelas 2 e 3). Para o fator dose de N, em geral, os maiores valores foram nas maiores doses, exceto para a variável MPAS que não apresentou diferença quando o N foi aplicado no afilhamento, e os maiores valores foram nas doses 40 e 80 kg ha-1, quando a aplicação foi no IDP. Para ambas as variáveis não se verificou ajuste dos dados para o fator doses de N.Para a variável NC por área, verificou-se interação dos fatores condição de competição x dose de N, sendo os maiores valores observados na ausência do competidor independente da dose de N aplicado (Tabela 4). Entretanto, para o fator dose de N, quando em competição com azevém, o NC foi maior na dose de 80 kg. Já, na ausência de azevém, o NC não diferiu entre doses de N sendo superior comparativamente ao tratamento testemunha.A variável TN apresentou interação dos fatores condição de competição x doses de N, sendo observados maiores valores na ausência de competição do azevém (Tabela 1). Independentemente da condição de competição, verificou-se aumento no TN com o aumento da dose de N (Figura 1).Com base nos resultados conclui-se que o azevém compete com a cultura do trigo pelo recurso N. A presença de azevém reduz o AF, MPAS, NA, NC e TN da cultura do trigo. A aplicação do N no início do afilhamento ou fracionado no afilhamento e no início da diferenciação da panícula, nas duas doses mais elevadas aumentam a AF e MPAS. O aumento da dose de N incrementa o TN na cultura do trigo. Referência bibliográficaINFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA A SAFRA 2006: Trigo e Triticale:XXXVIII Recomendações da Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale; XXI Reunião da Comissão Centro-Sul Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale. 1. ed. Passo Fundo: Embrapa Trigo. 2006. 74p.Tabela 1. Variáveis morfofisiológicas de plantas de trigo na presença ou ausência de azevém. Capão do Leão – RS, 2007CompetiçãoÁrea foliar(m2)Matéria seca(g planta-1)Número de afilhosTeor de nitrogênioPresença 1,6 * 40,5 * 2,4 * 25,9 *Ausência 2,4 67,2 3,7 27,7Média 2,0 53,8 3,1 26,8CV (%) 21,9 25,8 26,8 14,1* Significativo pelo teste t (pTabela 2. Área foliar (cm2) de plantas de trigo em função de épocas de aplicação e doses de nitrogênio. Capão do Leão – RS, 2007Época de aplicaçãoDoses 100% afilhamento 50% afilhamento e 50% IDP 100% IDP0 ns 1,6 d1 1,4 c 1,3 c40 AB 1,8 cd A 2,2 ab B 1,5 bc80 ns 2,1 cb 2,1 b 2,1 a120 A 2,4 ab A 2,6 a B 1,9 ab160 A 2,7 a A 2,4 ab B 1,9 abMédia 2,1 2,1 1,7CV (%) 21,9ns Não significativo. 1 Médias antecedidas por mesma letra maiúsculas, comparadas nas linhas, ou sucedidas por mesma letra minúsculas, comparadas nas colunas, não diferem pelo teste de Duncan (pTabela 3. Matéria da parte aérea seca (g planta-1) de plantas de trigo em função de épocas de aplicação e doses de nitrogênio. Capão do Leão – RS, 2007Época de aplicaçãoDoses 100% afilhamento 50% afilhamento e 50% IDP 100% IDP0 ns 50,9 ns 37,5 c1 40,1 b40 ns 55,5 61,4 ab 50,9 ab80 ns 58,0 48,2 bc 61,9 a120 A 66,2 A 61,0 ab B 40,8 b160 A 64,5 A 71,2 a B 40,3 bMédia 59,0 55,9CV (%) 25,8ns Não significativo. 1 Médias antecedidas por mesma letra maiúsculas, comparadas nas linhas, ou sucedidas por mesma letra minúsculas, comparadas nas colunas, não diferem pelo teste de Duncan (pTabela 4. Número de colmos (m-2) de plantas de trigo em função de condição de competição edoses de nitrogênio. Capão do Leão – RS, 2007Doses Presença de azevém Ausência de azevém0 * 231 b1 300 b40 * 217 ab 392 a80 * 239 a 414 a120 * 180 b 422 a160 * 188 b 423 aMédia 211 390CV (%) 19,2* Significativo pelo teste t (p ão diferem pelo teste de Duncan (pFigura 1. Teor de nitrogênio em plantas de trigo, em função de condição de competição e doses do adubo nitrogenado, Capão do Leão – RS, 2007.Dose de nitrogênio (kg ha-1)0 40 80 120 160Teor N g kg-11618202224262830323436ComSem y=17,6+17,8(1-e-0,01x)   -   R2=0,82y=20,8+12,5(1-e-0,01x)   -   R2=0,79

Competição de trigo com azevém em função de épocas de aplicação e doses de nitrogênio. 2 - Variáveis morfológicas.

http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/851650/1/CNPTID39850.pdf

Competição de trigo com azevém em função de épocas de aplicação e doses de nitrogênio. 2 - Variáveis morfológicas.

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