Review of Åsa Broberg, Utbildning på gränsen mellan skola och arbete: Pedagogisk förändring i svensk yrkesutbildning 1918–1971

Abstract

Dissertação de Mestrado em Gestão Escolar, apresentada às Faculdades de Psicologia e Ciências da Educação e de Economia da Universidade de CoimbraA presente investigação tem como objetivo compreender, numa perspetiva comparativa, as perceções de 107 alunos e 42 professores de uma escola de 2º e 3º ciclo da zona centro do país acerca dos graus de gravidade de atos de indisciplina. Neste âmbito, pretendeu-se ainda verificar se algumas variáveis sociodemográficas das duas amostras estão relacionadas com a forma como alunos e professores percecionam a gravidade dos mesmos atos. Refira-se que estas situações de disciplina foram elencadas a partir dos registos reais efetuados na escola em causa durante o primeiro período do ano letivo 2011-12. No respeitante aos alunos, tentou averiguar-se se existiam relações significativas entre a sua perceção da gravidade dos atos de indisciplina apresentados e: o facto de serem rapazes ou raparigas, o facto de terem ou não já reprovado de ano, o facto de terem sido sujeitos ou não a participações, as suas expetativas quanto ao prosseguimento dos estudos, o incómodo por eles sentido quanto ao comportamento dos colegas na sala de aula, a perceção da sua turma em termos de perturbação causada, a avaliação que faziam do seu relacionamento com os pais, o grau de exigência da educação que recebem dos pais. Quanto aos professores, tentámos verificar se a sua perceção do grau de gravidade dos atos de indisciplina estava relacionada com os cargos por eles exercidos, com a frequência com que redigiam participações disciplinares, com a frequência com que levantavam procedimentos disciplinares aos alunos, com a avaliação do grau de exigência que consideravam ter, no respeitante à sua atuação em termos de controlo da disciplina e ainda com a classificação do relacionamento que afirmavam ter com os seus alunos. Por último, e com vista à concretização do objetivo principal desta investigação, procedeu-se a uma comparação do grau de gravidade percecionado pelos alunos e pelos professores acerca dos mesmos atos de indisciplina. O presente estudo é do tipo quantitativo, não experimental e descritivo, tendo sido a recolha das informações concretizada através de questionários (um para alunos e outro para professores) por nós construídos com base numa listagem idêntica de 80 atos de indisciplina, agrupados em categorias e subcategorias, com base na tipologia de Amado e Freire (2002). Estes dois instrumentos revelaram boas características psicométricas e permitiram-nos avançar com confiança para a recolha dos dados. Das conclusões obtidas, a principal prende-se com a constatação de diferenças significativas entre as perceções dos alunos e dos professores a respeito da gravidade dos mesmos atos de indisciplina, sendo que os docentes avaliam os atos de indisciplina de forma mais grave do que os discentes. Embora o caráter restrito deste trabalho não nos permita avançar com a generalização dos resultados, parece-nos importante o contributo que o mesmo pode trazer para a promoção de uma cuidadosa reflexão, por parte de todos os intervenientes na escola, nomeadamente sobre os critérios que presidem à organização da vida escolar em matéria disciplinar.This research aims to understand, in a comparative perspective, the perceptions of 107 students and 42 teachers in a 2nd and 3rd cycle school from the center of the country, about the severity degrees of indiscipline acts. In this context, we intend to verify whether certain demographic variables of the two samples are related to the way students and teachers perceive these acts severity. Note that these discipline situations were listed from actual records made at the school in question during the first term of 2011-12 school year. Concerning the students, we tried to ascertain whether there were significant relation between their seriousness perception of presented indiscipline acts and: the fact of being boy or girl, the fact of having already failed grades, being subject to disciplinary report, their study expectancy, the discomfort felt by the behavior of peers in the classroom, their class perception in terms of disruption, their relationship assessment between parents and them, the level of education demand they receive from parents. About teachers, we tried to verify if their seriousness perception of indiscipline acts was related to the positions they held, to the frequency they drew up disciplinary reports, to the frequency they raised disciplinary students proceedings disciplinary procedures, to demand evaluation they consider having in terms of discipline control, and even to the classification of the relationship they claimed to have with their students. Finally, and in order to achieve the main objective of this research, we proceeded to a comparison of the severity degrees perceived by students and teachers about those indiscipline acts. The present study is a quantitative, non-experimental, descriptive, having information been collected through questionnaires (one for students and one for teachers) that we built based on a similar list of 80 indiscipline acts, grouped into categories and subcategories according to the type of Amado and Freire (2002). These two instruments showed good psychometric properties and enabled us to go forward with confidence to the data collection. From all the conclusions obtained, the main concerns the finding of significant differences between students and teachers perceptions regarding the seriousness of these indiscipline acts, realizing that teachers evaluate the indiscipline acts more seriously than the students. Although the restricted nature of this study does not allow us to proceed with the generalization of the results, it seems an important contribution that it can bring to the promotion of a careful reflection by all actors in the school, regarding to the organization criteria of school life about disciplinary matter

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