A promoção e protecção da saúde são essenciais para o bem-estar do homem e para
o desenvolvimento económico e social sustentável. Isto foi reconhecido há mais de
30 anos pelos signatários da Declaração de Alma-Ata, que assinalaram que a Saúde
para Todos contribuiria tanto para melhor qualidade de vida como também para a
paz e segurança globais.
Não constitui surpresa que as pessoas na maioria dos países classifi quem a saúde
como uma das suas maiores prioridades, ultrapassada apenas pelas preocupações
económicas, tais como desemprego, baixos salários ou alto custo de vida (1, 2). Daqui
resulta que a saúde se transforma frequentemente num tema político à medida que os
governos tentam responder às expectativas da população.
Há muitas maneiras de promover e manter a saúde. Algumas fi cam fora dos
limites do sector da saúde. As “circunstâncias em que as pessoas crescem, vivem,
trabalham e envelhecem” infl uenciam fortemente como as pessoas vivem e morrem
(3). A educação, habitação, alimentação e emprego infl uenciam a saúde. Reduzir as
desigualdades nestas áreas irá reduzir as desigualdades em saúde.
Mas o acesso atempado a cuidados de saúde – uma combinação de promoção,
prevenção, tratamento e reabilitação – também é crítico. Isto não será atingido,
excepto para uma minoria da população, sem um sistema de fi nanciamento de saúde
bem funcionante, que permita às pessoas usar os serviços de saúde quando deles
precisam.Comunidade Dos Países de Lingua Portuguesa e Organização Mundial de Saúd