Com o intuito de conhecer o potencial zootécnico do pampo, foi
avaliado o efeito de diferentes densidades de estocagem (100 e 200 peixes/m3)
na sobrevivência e crescimento do pampo amarelo (Trachinotus carolinus),
criado em tanque-rede instalado em ambiente marinho. Peixes com
aproximadamente 1,0 a 2,0 g, capturados em arrastos nas praias rasas do
município de Ubatuba, S.P., foram transportados ao Núcleo de Pesquisa e
Desenvolvimento do Litoral Norte – Agência Paulista Tecnológica do
Agronegocio – Secretaria da Agricultura e Abastecimento e mantidos durante
45 dias em tanques-rede de 5mm de malhagem. Após seleção manual, animais
de 4,0 ± 0,17g foram estocados, nas densidades de 100 e 200 peixes/m3, em
tanques-rede de multifilamento com 2 x 2 x 1,5m e 12 mm de malhagem, fixos
a um “deck” flutuante (6,0 x 8,0 m), instalado diretamente no mar a
profundidade de aproximadamente 3,5 ± 0,5 m. Os animais foram alimentados
duas vezes ao dia até a saciação com ração de 40% de PB. Após 120 dias, as
taxas de sobrevivência média observadas foram 77,23% e 73,11%; pesos
médios (52,79 ± 4.86 g e 52,64 ± 5.64 g); Ganho de Peso (GP) (48,69 ± 4,05 g
e 48,73 ± 4,00 g); Taxa de Crescimento Especifico (TCE) (2,13 ± 1,24 e 2,16 ±
1,03) e Conversão Alimentar Aparente (CAA) (3,23 ± 1,52 e 2,66 ± 0,78),
respectivamente para 100 e 200 peixes/m3. Estes dados não apresentaram
diferenças significativas (P 0,05) entre os tratamentos testados. Entretanto os
ganhos de peso do pampo, no presente experimento foram superiores a muitos
trabalhos encontrados na literatura, o que nos leva a concluir que a densidade
de 200 peixes/m3, utilizada neste estudo, pode ainda estar abaixo da
capacidade de suporte para a espécie e pode ser o ponto de partida para
futuros estudos, considerando o estágio de desenvolvimento dos animais