The role of T CD4+CD25+ T cells in ischemia and reperfusion injury

Abstract

A insuficiência renal aguda (IRA) é uma síndrome que se desenvolve após uma interrupção súbita e transiente do fluxo sanguíneo total ou regional dos rins. A lesão por isquemia seguida de reperfusão (IR) é a maior causa de IRA, tanto em órgãos nativos, quanto em transplantados e apresenta importante implicação na patogênese do transplante e da rejeição de órgãos. Esta lesão tecidual pós-isquemia no rim não é só devida à hipóxia gerada pela interrupção de fluxo sangüíneo, mas também, ao processo de reperfusão, que envolve expressão de moléculas de adesão, recrutamento de leucócitos periféricos e proliferação de células intersticiais locais, levando à instalação de uma resposta inflamatória ativa. Os mecanismos envolvidos nestes eventos não são conhecidos, mas sabe-se hoje que o linfócito T desempenha um importante papel na patogênese da lesão tecidual. A identificação do papel das células T na lesão por IR abre diversas perspectivas para o estudo da IRA e suas altemativas terapêuticas. Uma subpopulação de células T CD4+ naturalmente emergente do timo e que expressa CD25, CTLA-4, GITR e Foxp3 constitutivamente pode suprimir a ativação e a expansão de células T auto-reativas no sistema imune normal, contribuindo assim, para a manutenção da auto-tolerância. A remoção ou redução dessa população reguladora (células T CD4+CD25j pode levar diretamente ao desenvolvimento de várias doenças auto-imunes. Sabe-se também que estas células atuam na modulação de respostas imunes contra patógenos, no entanto, não há estudos sobre o papel da população T CD4+CD25+ reguladora na lesão renal por IR. Q objetivo deste trabalho foi estudar o papel das células T CD4+ CD25+ na lesão renal por isquemia de 45 minutos e reperfusão de 24 e 72 horas, através da depleção da população reguladora, utilizando-se o anticorpo monoclonal anti-CD25 (hibridoma PC61), em camundongos C57BU6, os quais, foram, posteriormente, submetidos à cirurgia de clampeamento dos pedículos renais. Quando comparamos os valores de creatinina e uréia de IR 24 e 72 horas de grupos tratados e não tratados com PC61, nós não observamos diferença estatística significante. O tratamento com PC61 também não influenciou a recuperação que ocorreu de 24 para 72 horas em grupos tratados e não tratados. E, por fim, não detectamos expressão de Foxp3 em rins de camundongos tratados e não tratados, submetidos à IR renal de 24 e 72 horas, sugerindo que, apesar de estar demonstrado que os linfócitos T CD4+ desempenham um importante papel na patogênese da lesão por IR, a população T CD4+CD25+ não apresenta papel crucial neste modelo experimental de IR renal.BV UNIFESP: Teses e dissertaçõe

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    Last time updated on 01/04/2019