A experiência sensível da metrópole nos finais do século XIX constitui, na obra de Georg Simmel, uma via de caracterização da cultura moderna. Ao descrever as diversas facetas da cidade grande, ele funda uma teoria sensível da modernidade, construída a partir da tomada de consciência de uma reconfiguração espacial que corresponde às novas formas de relações sociais e de existência coletiva. Abre-se assim uma perspectiva para os estudos urbanos com base na sensibilidade e na subjetividade. Este artigo propõe revisitar as análises da metrópole de Simmel enquanto proposta de uma abordagem estética das manifestações socioespaciais urbanas, a partir da qual podemos pensar as transformações das metrópoles contemporâneas.The sensory experience of the metropolis analyzed by Georg Simmel in the late nineteenth century represents a way to characterize the modern culture. Describing the various facets of the city, he founded a sensible theory of modernity, constructed from the awareness of a spatial reconfiguration that corresponds to new forms of social relations and collective existence. This point of view opens a perspective for urban studies based on the sensitivity and subjectivity. The aim of this paper is to revisit Simmel’s analysis of metropolis as a proposition for an aesthetic approach of socio-spatial manifestations in urban space, from which we could envision contemporary metropolis transformations