Algumas palavras, expressões ou conceitos aparecem na linguagem comum e no discurso científico com tamanha naturalidade que parecem espontâneos, correspondendo à designação consagrada de processos ou a avaliações realistas e consensuais. Outras são utilizadas como palavras sagradas, como se possuíssem uma verdade intrínseca ou sentidos inacessíveis aos comuns dos mortais podendo, desta forma, estimular, inibir, condicionar ou legitimar comportamentos. Diante da turba ignara e embrutecida prestes a lapidar sua mulher, Pedro Gailo reverte a situação proferindo teatralmente as Divinas Palabras: Qui sine peccato est vestrum, primus in illam lapidem mittat. (Del Valle Inclán, 1920). Os termos desconhecidos, solenemente proferidos, soam como injunções incontestes.Divinas palavras
Coesão social: um conceito equivocado
Coesão entre quem?
A riqueza desconhecida
Sapere aude
Bibliografi