thesis

Associação do polimorfismo – 174 C/G da região promotora do gene IL-6 e produção de marcadores inflamatórios após o exercício de força excêntrico em idosas obesas

Abstract

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2014.Introdução: O exercício de força excêntrico é considerado uma intervenção não farmacológica utilizada para prevenir ou retardar as alterações inerentes ao processo de envelhecimento, que envolvem o ganho de massa adiposa, a sarcopenia e o desequilíbrio no perfil inflamatório. Objetivo: Avaliar a relação de parâmetros inflamatórios (IL-6, IL-1β, TNF-α, proteína C reativa) com o polimorfismo do nucleotídeo único (C→G) encontrado na posição -174 da região promotora do gene para IL-6, após o exercício de força excêntrico em mulheres idosas com obesidade. Metodologia: pesquisa de caráter quase experimental, com 90 mulheres idosas obesas provenientes da comunidade no Distrito Federal. Foram determinados os níveis de CK e de IL-6, IL-1 β, TNF-α e PCR nos momento pré, 0 h, 3 h, 24 h, 48 horas pós exercício de força excêntrico para mulheres idosas. As frequências genotípicas do polimorfismo do nucleotídeo único (C→G) encontrado na posição -174 da região promotora do gene para IL-6 e foram identificadas e analisadas quanto as possíveis relações com os níveis séricos da IL-6, IL-1 β, TNF-α e PCR e CK nos diferentes momentos. O EFE foi realizado na cadeira extensora com 110% da carga máxima obtida no teste de 10 repetições máximas. Para determinação da frequência genotípica, foi empregado o teste de Hardy-Weinberg. Para efeito de análise estatística, os sujeitos foram divididos em dois grupos: genotípicos GG e CC/CG. Os dados contínuos foram expressos em média e erro padrão. Para comparar as medidas de IL-6,IL-1 β, TNF-α e PCR foi utilizada ANOVA. As correlações entre o polimorfismo do gene promotor -174 C/G da IL-6 e os resultados de CK, IL-6, IL-1 β, TNF-α e PCR idade, altura e composição corporal e teste de força foi utilizado o teste T independente. Resultados: Não houve diferença nas medidas antropométricas e de força entre os genótipos de IL-6. Não ocorreu uma interação estatisticamente significativa entre o genótipo e tempo de análise na concentração de CK, F(3,317, 274,316)=0,354, p=0,794. A concentração da CK nas condições pré-intervenção e pós-exercício não foram significativamente diferentes (p > 0,05) entre os genótipos. O EFE induziu alterações significativas na concentração de CK apenas para o genótipo GG ao longo do tempo, F(2,619, 136,173) = 5,199, p = 0,003, com a concentração de CK aumentando de 106,8 6,9 U/l pré-intervenção para 122,7 11,2 U/l após 24 h e 131,9 14,4 U/l após 48 h pós-exercício. Contrariamente, o protocolo de EFE não induziu nenhuma alteração significativa na concentração de CK para o grupo CC/CG, F(4,144) = 1,776, p = 0,137, apesar de uma tendência para aumentar após o exercício (91,8 7,2 U/l pré-intervenção para 109,1 11,5 U/l 48 h pós-exercício). A concentração de IL-6 no grupo GG GG foi menor que no grupo CC/CG apenas após o exercício na 0 (3,78 ± 0,58 pg/ml versus 6,51 ± 1,91 pg/ml, p = 0.030). Verificou-se que as idosas obesas que possuem polimorfismo IL-6-174G/C e C/C exibem valores integrais elevados de IL-6. Não foram observadas interações estatisticamente significativas entre o genótipo e o tempo de exercício na atividade da IL-1β, F(3,032, 146,121)=0,678, p = 0.841, e da concentração de TNF-α F(2,671, 42,742) = 1,149, p = 0,337. O EFE também não induziu alterações significativas na concentração de IL-1β e TNF-α ao longo do tempo tanto para o genótipo GG como para o grupo CC/CG (p 0,05) between the genotypes. With time, the eccentric training caused meaningful changes in the concentration of CK only in the GG genotype (F(2,619, 136,173) = 5,199, p=0,003), with the concentration of CK increasing from 106,8±6,9 U/l before the exercise to 122,7 ±11,2 U/l after 24h, and to 131,9 ± 14,4 U/l after 48h. Conversely, the use of the eccentric training did not cause any meaningful change in the concentration of CK in the CC/CG group (F(4,144) = 1,776, p=0,137), despite a tendency for increasing after the exercise (91,8±7,2 U/l before the exercise to 109,1 ± 11,5 U/l 48h after it). The concentration of IL-6 in the GG group was lower than in the CC/CG group only after the exercise (3.78 ± 0.58 pg/ml versus 6,51 ± 1,91 pg/ml, p = 0,030). It was noticed that elderly obese women with polymorphism of the gene IL-6/-174 C/G and C/C present elevated integral IL-6 values. Statistically meaningful interactions between the genotype and duration of the exercise for the IL-1β (F(3,032, 146,121) = 0,678, p = 0,841) and TNF-α (F(2,671, 42,742) = 1,149, p=0,337) were not observed. Eccentric training did not cause significant changes in the concentration of IL-1β and TNF-α in both genotypes (p <0,05). Statistically meaningful interactions between the genotype and the duration of the exercise for the concentration of PCR(F(1, 78) = 0,020, p = 0.889) were not observed. The concentration of PCR was not significantly altered in the moments before the exercise and 3h after the eccentric training was performed, in both groups (p < 0,05). Conclusion: Our results suggest an association between the IL-6 genotype and the integral values of CK and IL-6 in response to the eccentric resistance training. This training led to skeletal muscle injury, without exacerbation of the IL-6 and CK values, so it can be recommended to elderly people as a security protocol in daily clinic practices. It is important to highlight that our data is innovative because of a difference between the base value and the integral value, where the kinetics of the inflammatory parameters and the CK was observed, in that way showing a more realistic activity of the IL-6 CK and of the IL-6, IL-1 β, TNF-α and PCR in a period of hours

    Similar works