Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Programa de Pós-graduação em Comunicação, 2014.O modelo teórico de Agenda-setting, criado na década de 1970, investiga, basicamente, a capacidade dos meios de comunicação em agendar os assuntos que as pessoas irão considerar como mais relevantes. A formulação dessa corrente, no entanto, teve por base os meios de comunicação da época, dos quais a internet, um dos meios mais difundidos atualmente, não fazia parte. Assim, inquieta-nos saber como é possível pensar o conceito de agendamento no novo ambiente midiático implementado pela internet, considerando suas especificidades enquanto meio e as alterações que provoca no processo comunicacional. Os postulados dessa teoria se sustentam no ambiente digital? Quais os possíveis novos contornos que a rede mundial de computadores traz para as pesquisas sobre o agendamento? Para investigar o problema, realizamos um levantamento bibliográfico nas línguas inglesa e portuguesa a fim de identificar as pesquisas que abordam, conjuntamente, os dois eixos principais deste trabalho: internet e Agenda-setting. Pretendemos, com isso, saber as tendências e perspectivas que tais pesquisas trazem. Com a análise do corpus, inferimos que o esforço acadêmico ainda não está suficiente para jogar luz sobre o fenômeno. As pesquisas, no entanto, nos permitem chegar a dois importantes resultados: o núcleo firme da teoria se mantém intacto na internet. Em outras palavras, sua premissa básica se sustenta no ambiente digital. Entretanto, as produções analisadas sugerem que o cinturão protetor – ou seja, algumas hipóteses secundárias da Teoria da Agenda – precisam de explicação adicional ou uma nova formulação. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACTCreated in the 70’s, the agenda setting model, basically, explore the ability of the mass media in set the issues which people will consider as the most important. The formulation of this theory, however, was based on the media of that age, which the internet, obviously, was not included. So that, we would like to investigate how possible is to think the agenda setting in the new media ecology accomplished by the internet, considering its characteristics and recent changes in the communication process. Do the Agenda’s axioms hold up in the digital media? What are the possible new shapes that the web bring to the research about agenda setting? To investigate that, we analyzed scientific productions in English and in Portuguese about internet and agenda setting. We aimed to understand the trends that those studies pointed. With a content analysis, we concluded that is necessary more academic endeavor to shed light in this phenomenon. Nevertheless, the researches allow us to conclude two important results: the hard core of the theory hold up in the internet. In other words, its basic premise sustain itself in the digital media. Though the protective belt – some secondary hypothesis of Agenda-setting – need some additional explanation or another formulation