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Avaliação do risco de difusão do vírus da febre aftosa em produtos suínos exportados pela região Sul do Brasil

Abstract

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2010.A cadeia produtiva da carne suína vem registrando avanços significativos nos pa-drões sanitários, com consequente aumento nas exportações. No entanto, a febre aftosa ainda limita o acesso a mercados importantes, apesar do último foco em gran-jas suínas ter ocorrido em 1993, de toda a exportação ter origem em zonas livres da doença e de os suínos não serem vacinados no Brasil. Justifica-se, assim, a realiza-ção de um estudo de avaliação de risco, como forma de contribuir para uma discus-são objetiva, transparente e cientificamente fundamentada. O presente trabalho ava-liou o risco de difusão do vírus da febre aftosa em produtos suínos exportados pela região Sul do Brasil. Esta região destaca-se pelo seu potencial na suinocultura na-cional, contribuindo com a maioria do volume exportado, e caracteriza-se pela ca-deia integrada e tecnificada, que tende a baixar os riscos de introdução enfermida-des. Foi desenvolvido um modelo quantitativo estocástico, usando a técnica de a-mostragem de Monte-Carlo. Adotaram-se parâmetros muito pessimistas em todas as etapas do modelo, especialmente onde os dados eram escassos. Em média, o risco de exportar carne suína com origem em uma granja infectada seria de 3,25x10-5, considerando o volume de exportação anual, em torno de 600.000 toneladas. Este resultado é consistente com as evidências epidemiológicas de ausência de atividade viral, já que demonstra que o risco é desprezível. A avaliação permitiu também iden-tificar as hipotéticas portas de ingresso do vírus da febre aftosa na cadeia produtiva e as ações de vigilância necessárias, contribuindo para fundamentar decisões de melhoria dos padrões de biossegurança e da sua documentação, de forma a aumen-tar a confiança dos mercados importadores.The Brazilian swine industry has experienced important developments with regard to animal health standards, with noticeable impact on exports. Nevertheless, foot-and-mouth disease still limits the access to important markets, despite the fact that the last outbreak in swine farms occurred in 1993, all pork is exported from disease-free zones and, in addition, swine are not vaccinated in Brazil. Therefore, there was a case for undertaking a risk assessment with a view to contribute to an objective, transparent and science-based discussion. The present work undertook a release assessment of the risk of exporting pork from an infected swine farm in the South of Brazil. This region is very important in the Brazilian swine industry, representing most of the exports, and is characterized by an integrated and intensive production sys-tems. It was developed a stochastic quantitative model, based on Monte-Carlo sam-pling. The parameters used in the model, notably were data were scarce, were very conservative, in order to build a worst-case scenario approach. On average, the risk of exporting swine meat from an infected farm, given the annual volume of exports of about 600,000 ton, was 3.25x10-5. This result is consistent with the epidemiological evidence of absence of viral activity, as it demonstrates that the risk is negligible. The model also made it possible to identify the most likely routes for the introduction of foot-and-mouth into the swine production chain, as well as the necessary surveil-lance activities, therefore assisting the decisions on biosecurity measures, including its documentation, in order to improve the confidence of export markets

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