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Olhar sistêmico sobre as dificuldades de aprendizagem: Projeto Rondon como espaço de transformação

Abstract

Trabalho apresentado no II Congresso Nacional do PROJETO RONDON, realizado em Florianópolis, SC, no período de 23 a 25 de setembro de 2015 - Universidade Federal de Santa Catarina.INTRODUÇÃO: A dificuldade de aprendizagem pode ser compreendida como um fenômeno de natureza complexa em que a criança não corresponde às expectativas sobre ela. A criança pode estar a representar uma condição de vulnerabilidade psicossocial, propiciando sentimentos de baixa autoestima e inferioridade. Essas dificuldades, na aprendizagem escolar, frequentemente são acompanhadas de déficits em habilidades sociais e problemas emocionais ou de comportamento, sob a óptica de uma visão sistêmica do sujeito. Pensar e agir numa perspectiva sistêmica é manter um diálogo criativo entre o todo e as partes, considerando a produção do conhecimento como algo dinâmico e que se refaz tanto nas relações internas do próprio sujeito quanto nas suas relações sociais. Nesse cenário em construção, o Projeto Rondon viabiliza espaços para que possam ser desenvolvidas ações alternativas que contribuam para o desenvolvimento sustentável da comunidade, ampliando o bem-estar da população, favorecendo a formação do universitário como cidadão. OBJETIVO: Realizar uma oficina com a finalidade de explorar recursos educacionais com os professores, de forma a abarcar um contexto sob uma visão sistêmica e, assim, poder ressignificar as dificuldades que surgem no ambiente escolar. MATERIAL E MÉTODO: A oficina utilizará recursos audiovisuais para a contextualização das dificuldades de aprendizagem, estimulando os professores a trazerem os desafios encontrados em sala de aula. Para a finalização, será proposta uma roda de conversa, na qual serão apresentados recursos lúdicos para implementar as ações pedagógicas já realizadas. RESULTADOS ESPERADOS: Espera-se ampliar a compreensão dos professores sobre as dificuldades de aprendizagem, abrindo espaços para discussões e orientações colaborativas, compreendendo a necessidade de cada criança e o sistema no qual está inserida, resgatando recursos facilitadores para o seu desenvolvimento saudável e seus entornos. CONCLUSÃO: O olhar ampliado para a questão da dificuldade de aprendizagem possibilita que se formem novas construções, que redefinem os lugares da família, escola, comunidade, meio social, fortalecendo uma verdadeira rede relacional, permitindo a construção de narrativas mais includentes criadas em torno das competências e da resiliência da criança, família, escola e sociedade. Desse modo, é possível compreender uma dificuldade escolar como uma sugestão de mudança nas interrelações. Assim, a criação de novos significados para este desafio é o que justifica um trabalho orientado pelo pensamento sistêmico

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